Fiat Strada e Volkswagen Saveiro se enfrentam nas versões mais equipadas. Qual vence?

Picape da marca italiana está no auge e a rival mostra sinais de que está prestes a se aposentar
Volkswagen Saveiro Extreme e Fiat Strada Ultra: versões mais equipadas de ambas picapes têm uma série de diferenças

Volkswagen Saveiro Extreme e Fiat Strada Ultra: versões mais equipadas de ambas picapes têm uma série de diferenças | Imagem: Carlos Guimarães

As picapes leves quase sumiram do  mercado depois que inventaram as intermediárias, que ficam abaixo das médias. Hoje em dia sobraram apenas dois modelos, a Fiat Strada e a Volkswagen Saveiro. A primeira vai fechar o ano como o veículo mais vendido no Brasil em 2023, com várias versões, inclusive com motor turboflex e câmbio automático CVT.

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A rival, porém, já está no mercado há 42 anos e logo deverá ser aposentada com a chegada da nova picape baseada no protótipo Tarok, provavelmente, em 2026. O máximo que pode acontecer é sobrar apenas uma ou outra versão para frotistas.  Mas, por enquanto, a Saveiro continua na briga com o concorrente da Fiat. Na linha 2024, recebeu a versão Extreme (R$ 114.580) que ficou lado a lado com a Strada Ultra (R$ 133.990) neste comparativo.

Era de se esperar que a Volkswagen não iria adotar muitas mudanças na já antiquada Saveiro. A picape recebeu apenas retoques no desenho que incluiu a frente com os novos faróis (sem lâmpadas de led), para-choque e capô.  Na lista de mudanças estéticas também há rodas de aro 15 montadas em pneus 205/60R e meros detalhes na traseira, como uma faixa escurecida na tampa da caçamba e a inscrição do modelo em letras maiores. 

O visual da Strada é mais moderno, mas as alterações na linha 2024 foram ainda mais discretas que na Saveiro. No caso da versão Ultra, a picape ganhou filete vermelho na base da grade dianteira, novas rodas de aro 16 com pneus 205/55R 16 e novos adereços na carroceria, inclusive plaquetas nos para-lamas dianteiros que identificam o novo motor 1.0 turboflex.

Por dentro, a diferença a favor da Strada fica ainda mais evidente. Entre outras vantagens, a picape da Fiat tem central multimídia com pareamento sem fio, carregador de celular por indução, hastes para trocas de marcha no volante, botão "Sport" que muda o mapeamento do motor, as respostas do acelerador, entre outros.

Sopro do turbo faz a diferença

As duas picapes mudaram pouco na linha 2024, principalmente quando vistas de traseira. A Strada tem caçamba maior
As picapes mudaram pouco na linha 2024, principalmente quando vistas de traseira. A Strada tem caçamba maior
Imagem: Carlos Guimarães

Ao dar a partida (por botão na Strada e pela chave na Saveiro), aumenta mais um pouco a diferença entre as duas picapes. A Strada se mostra mais ágil e confortável com um conjunto mecânico com uma eficiência maior que da Saveiro. O 1.0 turboflex da Fiat rende até 130 cv e 20,4 kgfm a 1.750 rpm, ante 106 cv e 15,4 kgfm em altos 4.000 rpm do bem conhecido 1.6 aspirado de 16 válvulas. 

Mesmo com câmbio automático CVT, que simula até 7 marchas, a Strada consegue acelerar de 0 a 100 km/h mais rápido que a Saveiro, com o manual de cinco.  O modelo da Fiat precisa de apenas 9,5 segundos, ante 10,2 s da rival da Volkswagen, que tem  relação entre peso e potência menos favorável (9,78 kg/cv ante 9,62 kg/cv da Strada). 

Na questão do consumo, outro ponto a mais para a Strada. De acordo com os dados do Inmetro, a picape da Fiat pode fazer 13,2 km/l de gasolina na estrada e 12,1 km/l na cidade, números que passam para 9,4 km/l e 8,3 km/l com etanol. Na Saveiro, são 12,6 km/l de gasolina em trechos rodoviários e 11,3 km/l em urbanos. Usando apenas etanol, é 8,9 km/l e 7,8 km/l, respectivamente. 

O golpe de miseriórdia da Strada fica por conta da capacidade de carga e do volume da caçamba, maiores que os da Saveiro. No modelo  da Fiat vão até 844 litros e 650 kg, ante 544 litros e 605 kg da rival.  O único ponto a favor da Volkswagen é a tampa traseira com amortecimento. 

Entre prós e contras, a Fiat Strada Ultra sai vitoriosa nessa briga com a Volkswagen Saveiro Extreme, que tem baixo mix de produção, uma vez que a picape da marca alemã é mais voltada para frotistas, o que também explica a ausência de câmbio automático, item que exigiria um custo de desenvolvimento em um utilitário que vende mais pela relação entre custo e benefício.   

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