Fiat Strada: cinco pontos para explicar o sucesso da picape no Brasil

Por mais que tenha perdido o primeiro lugar em alguns meses, a Fiat Strada é hoje o carro mais vendido do Brasil. Foi campeã em 2021, 2022 e 2023 e briga com o Volkswagen Polo pelo “título” agora em 2024. Mas por que uma picape roubou o lugar que foi por anos do Volkswagen Gol, do Fiat Palio e do Chevrolet Onix?

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Para tentar entender e explicar para vocês, fui andar na versão top de linha, a Ultra, e separei cinco pontos que possam justificar esse sucesso de uma caminhonete de uma categoria quase em extinção em um mercado que sempre consumiu hatches compactos. Vamos a eles:

1 - Visual

Nesta segunda geração, a Fiat Strada foi buscar inspiração nas picapes intermediárias e médias. O estilo com quatro portas se afastou das caminhonetes compactas tradicionais e lembra a Toro, intermediária da Fiat que faz relativo sucesso em sua categoria.

Nas versões turbo Ranch e Ultra, a frente foi modificada para dar um estilo mais esportivo, com para-choque e grades diferentes. As rodas diamantadas e os pneus de uso misto ajudam bastante no apelo emocional de quem procura uma picape compacta.

Por dentro, o acabamento é simples e o painel lembra bastante o do Mobi, mas com alguns detalhes mais sofisticados nos revestimentos. Para a faixa de preço, é bem correto.

2 - Pronta para o trabalho

Picape precisa ter caçamba e a da Strada cabine dupla, como a Ultra testada, cabem 844 litros de bagagem, ou seja, um belo porta-malas para um carro familiar. A capacidade de carga é de 650 kg, então está pronta para eventualmente carregar alguma coisa.

Mas se o objetivo é mesmo o trabalho, as versões de cabine simples podem levar até 1.354 litros e carregar 720 kg de carga. Ajuda nessa função a suspensão traseira de eixo rígido, sistema mais robusto e que agrada quem precisa usar a picape para o propósito dela: levar peso.

3 - Praticidade

Ao longo dos mais de 25 anos de história da Strada, ela foi pioneira em diversos pontos em sua categoria, mas o destaque vai para a cabine dupla, que já teve em versões de duas, três e agora quatro portas.

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Isso ajuda bastante quem gosta ou precisa de uma picape, mas não pode deixar de ter um carro para a família. O espaço atrás não é um espetáculo, mas leva três pessoas, de preferência crianças, com mais conforto do que as versões anteriores ou até a rival Volkswagen Saveiro, que só tem duas portas e menos espaço.

A Strada, no entanto, tem a cabine estreita. Baseada no Mobi, falta espaço para os ombros de quem vai atrás. O motorista e o passageiro podem se ver obrigados a se espremer um pouco para dar um pouco de alívio para os passageiros de trás.

4 - Robustez

Uma qualidade sempre exaltada pelos donos de Fiat Strada é a robustez mecânica. Hoje a picape é vendida com motor 1.3 aspirado de 107 cv de potência e 13,4 kgfm nas versões mais baratas. O câmbio é sempre manual neste caso.

As mais caras, como a Ultra, usam o 1.0 turbo flex de 130 cv e 20,4 kgfm. O câmbio neste caso é automático CVT com sete marchas simuladas.

Nos dois casos, o conjunto é usado por diversos carros do grupo Stellantis e são bem conhecidos pela confiabilidade. O desempenho das versões 1.3 não deixam a desejar, mas a turbo é bem divertida, ainda mais em um carro pequeno como a Strada.

A aceleração é rápida e o câmbio CVT trabalha bem com sua simulação de marchas. A suspensão feita para carregar peso atrapalha um pouco o conforto, mas não a estabilidade da picape em curvas. Um conjunto bem satisfatório.

5 - Tradição

A Strada já está no mercado há mais de 25 anos e uma coisa que o público de picapes é, é fiel. Clientes de Strada costumam ficar na marca e trocam por novas, assim como donos de Chevrolet S10 ou de Toyota Hilux.

Outro fator que a tradição facilita é na venda para empresas, para onde vai grande parte destas caminhonetes. A Fiat consegue emplacar bem esse tipo de vendas.

Além disso, a Strada conta com a falta de concorrência. Chevrolet Montana deixou de brigar neste segmento de picape para o trabalho ao crescer e entrar para o segmento das intermediárias, Sobrou a Saveiro já respira por aparelhos enquanto a Tarok não chega.

Preços

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