Fiat Pulse Hybrid precisa rodar pelo menos 100 mil km para se pagar; veja as contas
No Fastback, conta demora ainda mais para fechar e pode passar de 600.000 km
A Fiat lançou no mercado brasileiro as versões híbridas leve de Pulse e Fastback com foco na redução do consumo e das emissões de poluentes. Para os dois modelos, a fabricante promete uma melhora de 10,7%, em média, no consumo com etanol ou gasolina.
Como a dupla custa R$ 2.000 a mais que as versões com motor apenas a combustão, fica a pergunta: quantos quilômetros são necessários rodar para pagar o investimento com a economia gerada pela eletrificação?
Com base nos dados de consumo do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do INMETRO, comparamos o custo por quilômetro rodado em percurso misto (50% urbano e 50% rodoviário) e em percurso 100% urbano.
O preço médio por litro dos combustíveis foi fornecido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), utilizando a cidade de São Paulo como parâmetro, na primeira semana de novembro de 2024.
Investimento não é alto, mas demora para ser pago
Vamos aos números:
Em ciclo 100% urbano, o Fiat Pulse Hybrid precisaria de 50.000 quilômetros com etanol e 40.000 quilômetros com gasolina para pagar o custo de compra maior. No ciclo misto, seriam 100.000 quilômetros com qualquer um dos dois combustíveis.
Imagem: Divulgação
No Fastback Hybrid, a conta demora ainda mais para fechar. Rodando apenas na cidade, seriam necessários 100.000 quilômetros com etanol e 66.666 com gasolina. No ciclo misto, 666.666 quilômetros com uso de etanol.
Com gasolina no tanque em percurso misto, a conta nunca vai fechar, uma vez que o custo por quilômetro com este combustível é igual no modelo híbrido e no com motor a combustão.
Vale lembrar que Pulse e Fastback Hybrid serão disponibilizados apenas nas versões intermediárias Audace e Impetus, começam a ser vendidos na próxima semana e, até janeiro de 2025, vão dividir o show-room com as mesmas versões com motor apenas a combustão.