Executivo da Ford nega que o Evos será o sucessor do Fusion globalmente
Novidade revelada nesta semana, contudo, encaixa-se como substituto natural do sedã
A Ford pegou a todos de surpresa quando revelou o Evos no Salão de Xangai nesta semana, contudo, após as primeiras notícias apontarem que o crossover será o sucessor do Fusion (conhecido como Mondeo na Europa), alguns executivos da marca começaram a se pronunciar sobre o assunto.
Segundo Mike Levine, responsável pela área de relações públicas da Ford nos EUA, “o Evos é voltado aos consumidores da China, apenas. Não existem planos de oferecer o modelo em outros mercados”, publicou em sua conta pessoal no Twitter.
Uma fonte da divisão europeia da Ford, por sua vez, deu uma declaração na mesma linha ao site Carscoops. Segundo ela, “o Mondeo não será substituído na Europa. Atualmente o Kuga é a escolha para os antigos donos do modelo. O Evos permanecerá na China”.
É fato que muitas vezes os executivos apenas procuram despistar futuros lançamentos apenas para preservar o “fator novidade” quando eles forem anunciados em determinados países. Há muito tempo a possibilidade de um crossover surgir como o substituto do Fusion e do Mondeo na Europa é aventada por diversos veículos da mídia especializada global e, se olharmos a proposta do Evos, de fato ela faz muito sentido para essa missão.
Com a intensa migração do público para os SUVs, diversas marcas buscam formas de mesclar características de sedãs ou até mesmo stations wagons, entre elas a versatilidade e o comportamento dinâmico mais refinado, em novos produtos que compartilhem características que promoveram o sucesso dos SUVs, como a posição de dirigir mais elevada e a robustez nas formas.
Um bom exemplo é a nova fórmula que a Citroën preparou para o novo C5 X, crossover que faz um bom paralelo com o Ford Evos.
Logo, apesar dos executivos tentarem dissuadir a ideia de que o Evos será um carro global, é bom ficarmos atentos em todas as movimentações que a Ford realizar para o modelo. Se, de fato, o Evos se tornar um modelo oferecido em vários países, sua eventual importação ao Brasil não é algo a ser desconsiderado, sobretudo tendo em vista a boa aceitação que o Fusion registrou em nosso mercado quando os sedãs de seu porte ainda estavam em alta.