Menos de R$ 30 mil: Renault Sandero é opção de usado espaçoso e barato
No entanto, o hatch desaponta quando o assunto está ligado ao acabamento e barulhos na caixa de direção
Lançada em meados de 2014 como modelo 2015, a segunda geração do hatch da Renault foi oferecido nas versões Authentique (1.0 16V - 80/77 cv e 10,5/10,2 kgfm), Expression (com a opção da 1.0 16V e 1.6 8V - 106/98 cv e 15,5/14,5 kgfm) e Dynamique (1.6 8V). Independente da motorização, todas vinham com câmbio manual de cinco marchas.
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Na lista de equipamentos de série desde a mais simples já vinha airbag duplo, ABS com EBD, direção hidráulica, volante com regulagem da altura, desembaçador do vidro traseiro. Todavia, quem quisesse vidros elétricos dianteiros, travas elétricas das portas, alarme, computador de bordo, teria de optar pela intermediária. Já as rodas de 15’’ em liga leve, farois de neblina, vidros elétricos dianteiros e traseiro, piloto automático, luzes indicadoras de direção nos retrovisores, comando elétrico dos retrovisores e volante em couro com comando dos piloto automático e controlador de velocidade eram alguns dos itens exclusivos da topo de linha.
No final de 2015 surgia a esportiva RS equipada com motor 2.0 flexm de 150/145 cv e 20,9/20,2 kgfm de torque, que funciona com câmbio manual de seis marchas, além de controle de estabilidade com modo esportivo e novas regulagens na suspensão e na direção que deixaram o hatch com uma pitada mais esportiva.
Outra mudança surgiu na linha 2017 com os novos motores 1.0 SCe 1.0 12V de três cilindros de 82/79 cv e 10,5/10,2 kgfm e 1.6 de quatro cilindros de 118/115 cv e 16/16 kgfm.
Para meados de 2019, o Sandero ganhou uma reestilização e com isso passou a ser identificada por quatro versões: Life, Zen, Intense e Iconic. Além disso, essa fase foi marcada pela estreia do câmbio CVT, oferecido às versões com motor 1.6. Na parte de equipamentos, surgiram farois com LEDs para luz diurna para toda a linha, além da opção de quatro airbags (dois frontais e dois laterais) para as mais caras.
Atualmente o hatch resiste ao tempo sobre nova identidade Stepway com apelo aventureiro e apenas com motor tricilíndrico 1.0 12V de 82/79 cv e câmbio manual de cinco marchas.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
- Acabamento
Painel de instrumentos e forros de portas são verdadeiras fontes de ruídos por causa do mau isolamento acústico, um problema que persiste desde a primeira geração, lançada em 2007. Dependendo do caso, às vezes um simples reaperto de parafusos pode resolver o problema. No forro de portas, uma solução simples é desmontá-la e aplicar um feltro adesivo, vendido em papelaria ou lojas de material de construção.
- Bancos
Outro problema crônico que vem desde a primeira geração da linha Sandero e Logan, o revestimento dos bancos são muito frágeis ocasionando o desfiamento do tecido. Alguns donos são mais cuidadosos e forram com capas específicas para bancos.
- Pastilhas de freio
Não deixe de verificar também o estado das pastilhas de freio que costumam ter durabilidade precoce. Na época em que o modelo era mais novo, foram reportados casos em que com menos de 10 mil km rodados, o proprietário já teria de efetuar a troca do jogo de pastilhas.
- Marcador de combustível
No marcador de combustível, é comum apresentarem falhas na leitura. A causa deste problema crônico na maioria das vezes está na boia, ou mesmo na bomba. O problema afeta também outros carros da marca como Logan, Kwid, Duster e Captur.
- Recall da direção
Segundo a Renault, foi constatado um defeito nas rótulas axiais (ambos os lados), que é o componente que faz a ligação entre a caixa de direção e o cubo de roda. Caso a peça se rompa, poderá acarretar perda da dirigibilidade e tendo como consequência acidente grave. Com o número do chassi, verifique no site www.renault.com.br/recall se o modelo está na lista e caso confirmado, se já foi efetuado o serviço. Aproveite também para ver se há outros componentes envolvidos. Para mais informações, basta ligar para 0800 055 5615.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
Se a sua intenção é comprar um carro compacto, porém com relativo conforto e espaço interno, o Sandero não vai desapontar. São 4,06 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,53 m de altura e 2,59 m de entre-eixos muito bem distribuídos. O porta-malas também é de generosos 320 litros, um pouco menor ao de um sedã de entrada como o Chevrolet Classic com seus 390 litros.
Todas as opções são bem vistas e têm boa fluidez no mercado de usados, segundo alguns lojistas consultados. Porém na hora da escolha, dê preferência às versões com pacotes mais completos com ar-condicionado e trio elétrico, por exemplo, que são mais valorizadas na hora da revenda.
No caso de economia de combustível, a de quatro cilindros 1.0 16V faz 8,1 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada com etanol e 11,9 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada com gasolina. A 1.6 de quatro cilindros 8V faz, na sequência 7,3, 8,7, 10,6 e 12,5 km/l. Por outro lado, seu desempenho é, como de praxe, superior fazendo o 0-100 km/h em 11 segundos (14 s da 1.0 16V) e velocidade máxima de 179 km/h (161 km/h da 1.0 16V). Os preços variam de R$ 30 mil para a 1.0 16V e R$ 35 mil para a 1.6 8V.
A partir da linha 2017, com os novos motores SCe, o consumo ficou melhor. Na 1.0 12V de três cilindros as médias subiram para 9,5 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol e 14,2 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada com gasolina. Já a 1.6 de quatro cilindros os dados foram: 8,6, 9,2, 12,8 e 13,4 km/h (8,1, 8,8, 11,8 e 12,8 km/l com câmbio CVT), respectivamente. Seus preços praticados no mercado de usados variam de R$ 35 mil e R$ 40 mil.
Por fim, a esportiva RS com motor 2.0 16V e transmissão manual de seis velocidades traz o consumo de 6,9, 7,7, 9,9 e 11,1 km/l, nessa ordem, segundo o Inmetro. Em contrapartida, seu desempenho empolga fazendo o 0-100 km/h em 8 segundos e velocidade final superior a 200 km/h. Quanto ao valor, a RS pode ser vista com valores médios de R$ 55 mil, ou 32% a menos do que um Renault Kwid 1.0 0 km, por exemplo, que é o carro novo mais barato do Brasil vendido atualmente.
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