Endividada, SsangYong pode ser comprada pela Chery
Marca sul-coreana é hoje controlada pela indiana Mahindra. Registrando fortes prejuízos, empresa pode mudar de mãos
A SsangYong teve uma presença pequena no mercado brasileiro, tendo comercializado apenas 39 unidades em 2019 e com o último lançamento - os SUVs da linha Tivoli - ocorrendo em 2017. O baixo volume não afeta apenas as operações nacionais e a marca sul-coreana, hoje nas mãos da indiana Mahindra, vem acumulando prejuízos.
Como parte de um plano de reestruturação por conta da pandemia da Covid-19, a Mahindra demonstrou interesse em vender os 75% de participação acionária que possui na SsangYong, embora poucas empresas tenham mostrado interesse. Citando fontes ligadas à montadora daquele país, o site sul-coreano Pulse News, afirma que um representante da Chery teria sido visto na fábrica da marca em Pyeongtaek (Coréia do Sul).
Tais informantes teriam dito ainda que o representante da chinesa Chery estava acompanhado por consultores de venda da Samsung Securities & Co. e da Rothschild & Co, indicando uma sondagem dos ativos atuais da Ssangyong Motors. Em uma negociação grande como essa, e comum que os interessados façam uma avaliação da saúde da companhia a ser adquirida antes de se fazer uma oferta. Até março de 2020, a SsangYong tinha uma dívida de 389,9 bilhões de won (cerca de R$ 1,8 bilhão) a ser quitada nos próximos 12 meses.
De acordo com a publicação, o interesse da Chery em comprar a participação majoritária na SsangYong das mãos da Mahindra faria parte de uma estratégia maior de internacionalização da marca chinesa. Com essa movimentação, a Chery estaria de olho em transformar as operações sul-coreanas da SsangYong no seu entreposto de referência para a construção de veículos elétricos fora da China. Apesar disso, tanto a Chery quanto a SsangYong negaram quaisquer tipos de negociações.