Emissões de carros nacionais caíram 97% em 25 anos
Veículos atuais são 28 vezes menos poluentes que os carros dos anos 1980
O Brasil é um dos ponteiros na batalha mundial contra a redução de emissões poluentes provenientes de automóveis. Segundo pesquisa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricante de Veículos Automotores) baseada em dados do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) os níveis de emissões dos automóveis leves caíram expressivos 97% desde 1987.
Segundo o balanço da associação, as emissões poluentes de um carro nacional do final da década de 1980 é equivalente a de 28 automóveis atuais da indústria brasileira.
Os limites de emissões veiculares no Brasil, atualmente atendidos integralmente pela indústria automobilística em seus produtos, avançam e equiparam-se aos padrões internacionaisno que se refere à redução do envio de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx), aldeídos totais (CHo), material particulado (MP) e outros agentes poluentes.
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Os limites de emissões de monóxido de carbono foram reduzidos de 24 gramas por quilômetro, em 1987, para 2 g/km nos veículos leves atuais. Já os óxidos de nitrogênio caíram de 2 gramas por quilômetro para 0,12 g/km nos veículos leves, ao mesmo tempo que os hidrocarbonetos foram reduzidos de 2,1 g/km para 0,05 grama por quilômetro.
No caso dos veículos pesados e movidos a motores diesel, com a nova legislação P7 – em vigor desde janeiro deste ano –, equivalente aos limites da legislação em vigor na Europa, há redução de 96,3% das emissões de material particulado e de 87,3% nas de óxidos de nitrogênio, em relação às emissões dos veículos do gênero dos anos 80.
Para a Anfavea, o avanço da legislação de emissões e os desenvolvimentos da indústria automobilística impulsionaram a modernização dos produtos e processos do parque automotivo brasileiro. A evolução também trouxe mais investimento para laboratórios de controle e tecnologias e também promoveram melhoria da qualidade dos combustíveis, com eliminação do chumbo na gasolina, redução de enxofre no diesel e ampliação do uso de biocombustíveis, um dos principais fatores para a melhora tão expressiva.