Em Frankfurt, VW confirma SUV elétrico e novidades para o Brasil
Conceito I.D. Crozz II, uma evolução do SUV revelado no Salão de Xangai, será o terceiro integrante da nova família de elétricos
A Volkswagen aproveita a edição 2017 do Salão de Frankfurt, um grande palco sobretudo para as marcas alemãs, para revelar os próximos passos de sua ofensiva em ampliar sua gama de modelos elétricos.
Basicamente a Volkswagen criará uma nova gama dentro de sua linha chamada de “família I.D.”, começando com um compacto elétrico que promete ser o “fusca do século XXI”. A novidade chegará ao mercado dos países desenvolvidos em 2020 e agora está confirmada mais um companheiro para ele, no caso o SUV elétrico I.D. Crozz, que terá lançamento previsto para o mesmo ano.
Esses dois modelos, bem como a futura van elétrica I.D. Buzz, com lançamento previsto para 2022, usam como base uma nova plataforma destinada apenas para automóveis com propulsão elétrica, o que deve otimizar a acomodação das baterias bem como o design e o aproveitamento do espaço interno nos modelos aos quais dará suporte. A própria Volkswagen já adianta que o hatch I.D. terá tamanho semelhante ao do Golf, porém com espaço interno do mesmo nível que o Passat. Esse é um dos benefícios do conjunto propulsor elétrico, bem mais compacto que o de um carro a combustão atual.
Um ponto positivo da nova “família I.D.” vai para a autonomia que os carros irão entregar. A Volkswagen promete que o hatch I.D. terá um motor traseiro de 125 kW (cerca de 170 cv) e capaz de rodar por volta de 600 km com uma carga completa das baterias, conferindo a ele, portanto, alcance do mesmo nível dos carros a combustão atuais.
Para 2025, o mesmo I.D. ganhará suporte para condução autônoma completa, adianta a VW.
O utilitário esportivo I.D. Crozz, por sua vez, contará com dois motores elétricos e uma potência combinada de 225 kW, aproximadamente 305 cv, o que certamente deverá conferir bom desempenho ao modelo. A autonomia no caso do I.D. Crozz ficará em torno de 500 km e um dos diferenciais do modelo será a nova geração da tração integral 4Motion, que utilizará um sistema de “cardã elétrico” para gerenciar a atuação dos motores elétricos, posicionados cada um em um eixo diferente dos modelos.
A “Kombi elétrica”, como pode ser chamada a aguardada I.D. Buzz para 2022 conta com ainda mais potência, no caso 275 kW (373 cv), com autonomia para 600 km. Ela terá capacidade para 8 passageiros e também deverá contar com a opção de tração integral.
"Antes e simultaneamente com nossa iniciativa de mobilidade elétrica, a infraestrutura global de carga precisa ser ampliada ainda mais. Isso porque o carro elétrico irá rapidamente ganhar impulso no começo da próxima década. Teremos uma longa fase de transição, durante a qual uma grande variedade de sistemas de propulsão irá coexistir. Juntamente com os veículos totalmente elétricos, isso inclui sistemas híbridos, a gasolina, diesel e gás natural cada vez mais eficientes.", antecipa Herbert Diess, presidente do conselho da marca Volkswagen.
Para o Brasil
Nos dias de imprensa que antecedem a abertura do Salão de Frankfurt, a revista Autoesporte noticia nesta terça-feira (12) que o presidente e CEO da Volkswagen para o Brasil e a região da América do Sul, David Powels, confirmou que o nome Tharu será usado para um novo utilitário esportivo comercializado em nossa região. Já antecipamos o nome aqui no AUTOO, porém até o momento julgávamos que essa seria a designação para a futura picape que a Volkswagen oferecerá no Brasil para disputar mercado com Renault Duster Oroch, Fiat Toro e cia.
Segundo a notícia da Autoesporte, o Tharu será feito na Argentina e utilizará a plataforma MQB. O modelo, ao que tudo indica, deverá ter porte ligeiramente acima dos SUVs compactos, portanto, pela lógica, tem tudo para mirar na proposta do bem-sucedido Jeep Compass. Para o Brasil, mais especificamente em São José dos Pinhais (PR) caberia a produção do SUV compacto de entrada da marca, no caso um derivado do T-Cross ou do T-Roc, e da já mencionada picape.
Procurada pelo AUTOO, a Volkswagen do Brasil declarou que "a empresa não confirma a chegada do produto ao Brasil, conforme foi atribuído na matéria a uma declaração do Sr. David Powels. Ele informou que a empresa estuda alternativas neste segmento de mercado para o país".