Elétrico dos sonhos do Brasil, BYD Seagull tem preço de R$ 57 mil
Compacto movido a bateria será vendido na China por 78 mil yuans, uma pechincha
Entre vários lançamentos apresentados no Salão de Xangai na semana passada, um chamou a atenção por prometer algo que hoje tem sido difícil: oferecer propulsão elétrica a um preço camarada.
Estamos falando do Seagull (gaivota em inglês), da BYD, um hatch compacto cujo preço é de causar uma pontinha de inveja: apenas 78 mil yuans ou pouco mais de R$ 57 mil. Sim, custa cerca de R$ 10 mil a menos que um Renault Kwid a combustão na versão mais simples possível.
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Claro, a comparação deixa de lado vários aspectos como custo de produção, impostos e incentivos, mas a BYD mostra que é sim possível popularizar os carros elétricos dentro de um prazo mais palpável.
O Seagull será seu modelo de entrada com dimensões realmente modestas: são 3,78 metros de comprimento, 1,72 m de largura, 1,54 m de altura e apenas 2,5 m de entreeixos. Ou seja, um modelo com proposta urbana.
Nem por isso o carrinho elétrico da BYD deixa o design de lado. Com uma carroceria bastante elevada, de linha de cintura alta, os projetistas da marca conseguiram suavizar sua aparência com vincos diagonais.
Bateria de íon de sódio
Como nos modelos anteriores Doplhin e Seal (a BYD adora uma praia), o Seagull utiliza uma nova plataforma EV de terceira geração que permite duas opções de potência. Há o modelo básico com 74 cv e o outro com 100 cv.
São duas baterias disponíveis, uma com 30 kWh e outra com 38 kWh, que proporcionam autonomias de 306 km e 405 km, respectivamente.
Vale notar que a bateria de 30 kWh utiliza uma tecnologia diferente, baseada em íons de sódio, que tem um custo de produção bem mais baixo.
O interior, apesar da proposta simples, é bem equipado, com telas LCD duplas, um menor para o cluster e outra maior para as funções gerais.
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Por enquanto, o BYD Seagull é um produto exclusivo para os chineses, mas dada a ambição da marca no mundo não é tão absurdo sonhar em vê-lo em outros mercados como o brasileiro, onde a fabricante negocia a compra da antiga fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia.
Só não dá para contar com um precinho camarada como na China.
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