Dona da Volvo, Geely assume 50% da marca Smart

Montadora chinesa vira sócia da Daimler na linha de carros urbanos e transferirá a produção para a China em 2022
Conceito elétrico da Smart: futuros carros da marca serão produzidos pela Geely na China

Conceito elétrico da Smart: futuros carros da marca serão produzidos pela Geely na China | Imagem: Divulgação

O apetite da Geely por marcas tradicionais parece inesgotável. A montadora chinesa, uma das maiores do país, já é dona da Volvo, Lotus além de produzir os famosos táxis de Londres. Agora, a empresa será sócia da Daimler na marca Smart, os pequenos carros urbanos hoje fabricados na França.

O anúncio foi feito pelas duas fabricantes nesta quinta-feira (28) que dividirão meio a meio a sociedade na Smart. Além disso, a Geely levará a produção dos modelos da marca para a China a partir de 2022, quando toda a linha já estará eletrificada.

A divisão de tarefas ficará assim: enquanto a Mercedes-Benz seguirá responsável pelo design dos novos carros à Geely caberá a engenharia dos modelos. Os novos sócios também revelaram que a Smart ampliará seu portfólio com veículos compactos, uma mudança de estratégia enorme já que hoje ela é focada em modelos urbanos ideiais para a Europa, sobretudo.

A razão para essa ampliação tem a ver com a proposta de produzir apenas veículos elétricos nos próximos anos. A ideia, portanto, é que a Smart “seja líder entre os veículos premium elétricos”, segundo a nova joint venture.

 

 

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Até lá, a Smart seguirá produzindo seus veículos na França e também na Eslovênia e se prepara para iniciar a produção da família de carros elétricos EQ.

Fracasso no Brasil

Curiosamente, tanto Geely como Smart foram enormes fracassos em suas passagens pelo Brasil. Enquanto a marca chinesa, representada pelo grupo Gandini (o mesmo que responde pela coreana Kia), tentou vender alguns modelos com montagem final no Uruguai durante o período mais agudo da crise econômica, a Mercedes-Benz aproveitou uma onda de lançamentos de carros subcompactos no início da década e que incluiu também a Mini e o Fiat 500 para vender seus subcompactos de dois lugares. Deles apenas a marca britânica conseguiu se estabelecer no país.

Mas a volta da Geely ao Brasil parece questão de tempo. A montadora tem aproveitado o conhecimento da Volvo para aprimorar seus veículos próprios além de ter criado uma nova marca em parceria com os suecos. Hoje ela é a marca que mais cresce no mundo.

Diante desse crescimento não é exagero imaginar que a Geely resolva tentar uma nova investida por aqui, quem sabe acompanhada dos futuros elétricos da Smart.

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Ricardo Meier

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