Dodge Viper V10 8.4 que faz 2,8 km/l e outros 4 carros grandes para fugir
Bem antes da atual era da eletrificação, as fabricantes não tinham problemas com alta cilindrada
Depois do downsizing, que começou na década passada, quando as fabricantes começaram a adotar motores cada vez menores, veio a era da eletrificação, na qual estamos atualmente. Agora, a ordem de dia é o máximo de eficiência para baixos índices de emissões e o mínimo de consumo.
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Mas houve um tempo em que lançar carros com motores grandes não era problema. Então, tivemos alguns exageros, principalmente com modelos fabricados nos Estados Unidos, como o Dodge Viper, que nasceu com um V10 de 8 litros de cilindrada, mas que passou a ter versões de até 8.4 litros.
Confira este e outros motores que são consideradas aberrações hoje em dia.
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1- Dodge Viper 8.4
Imagem: Divulgação
O pessoal da Dodge teve a ideia de pegar o motor SRT-10 da marca de picapes RAM, aumentar a cilindrada para 8.4 litros e instalá-lo no superesportivo Viper. Com isso, conseguiram extrair 650 cv e brutais 83 kgfm de torque máximo a 5.000 rpm, números para acelerar de 0 a 100 km/h em meros 3,7 segundos e atingir 325 km/h.
Pelos padrões modernos, com apenas 2 válvulas por cilindro, a unidade SRT10 é relativamente simples. Embora os projetos de motores multiválvulas tendam a precisar de rotações mais mais altas para atingir elevados níveis de potência e consumo, chegando a uma média de apenas 2,8 km/l de gasolina, diz a fabricante.
2- Cadillac Eldorado 8.2
Imagem: Divulgação
Maior é muitas vezes mal interpretado como melhor, algo em que o Eldorado é culpado quando equipado com o V8 de 8.2 litros. Pesando 2,2 toneladas, com 365 cv disponíveis, os modelos de 1971 mal conseguiam sair da imobilidade e chegar aos 100 km/h em menos de 10 segundos e, pior ainda, não passavam de 180 km/h.
Comparado aos motores modernos, mesmo os normalmente aspirados, é difícil imaginar como tão pouca potência está disponível para um propulsor de 8.2 litros. Além da baixa taxa de compressão, para tentar não gastar tanto combustível, a antiga concepção, com comandos de válvulas laterais e materiais pesados, contribuíram com essa ineficiência.
3- Chevrolet Suburban 8.1
Imagem: Divulgação
O Chevrolet Suburban existe desde 1934, mantendo o recorde de longevidade do setor automotivo. Os modelos da nona geração foram oferecidos com motores Vortec 8100 V8 da GM, produzindo 340 cv, capazes de girar até 5.000 rpm, tornando o motor maior ideal para SUVs.
Mas o alto consumo de combustível e as emissões acabariam com o Vortec 8100, que seria substituído por motores a diesel mais potentes e um pouco mais eficientes. De qualquer forma, a GM entrou para a história da aindústria automotiva como uma das marcas que fizeram um dos motores mais gastões do mundo.
4- Bugatti Chiron 8.0
Imagem: Divulgação
Tudo sobre o Chiron da Bugatti é grande, do preço ao desempenho, sem falar na potência, com a fabricante declarando 1.479 cv. Essencialmente é uma versão mais potente do motor W16 usado no Veyron, o motor de 8 litros tem quatro turbocompressores, todos ajustados para que o carro conseguisse atingir nada menos que 420 km/h.
Sobrealimentação, por natureza, usa mais ar, com o Chiron exigindo 60.000 litros de ar por minuto durante a operação. Mais ar e combustível significam mais potência, mas isso também significa mais calor, o que explica os 10 radiadores do carro circulando 800 litros de líquido de arrefecimento a cada minuto. Sem dúvida um exagero, que não se justifica mais hoje em dia.
5- Aston Martin One 77 7.3
Imagem: Divulgação
Sob propriedade da Ford, a Aston Martin lutou para manter sua identidade, com muitos lançamentos. Em 2007, a empresa decidiu produzir seu Aston Martn One-77, completo com motor Cosworth V12 de 7.3 litros de cilindrada, feito sob medida. Normalmente aspirado, o One-77 pode atingir 750 cv, o suficiente para atingir 353 km/h.
Fabricantes de automóveis de menor volume geralmente recorrem a divisões especializadas em motores de alto desempenho, como a Cosworth, que tem uma longa história em projetos de motores de corrida. Assim surgiu o caro e exclusivo One-77.