''Dias do motor V8 estão contados'', diz Dodge
Marca norte-americana, conhecida por seus poderosos motores, diz que eletrificação permitirá a manutenção do desempenho
A Dodge talvez seja uma das marcas mais norte-americanas atualmente. Apesar de uma linha de produtos antiga e focada nos modelos Charger e Challenger, ela obtém um bom volume de vendas apostando em uma receita que o público de lá adora: poderosos sedãs e cupês de tração traseira com grandes motores V8.
No entanto, os dias dos propulsores tão amados nos EUA podem estar chegando ao fim e a culpa é das regras de emissões de poluentes mais restritas. O desenvolvimento de motores a combustão de alta performance está ficando cada vez mais caro e a eletrificação, com modelos híbridos ou elétricos, surge como alternativa para manter a performance.
Tal afirmação foi feita pelo CEO da Dodge, Tim Kuniskis, em entrevista ao canal de TV CNBC, que acrescentou que “os dias do bloco de ferro V8 6.2 supercharger estão contados. E isso também pelos custos, mas a performance que eles produzem seguirá viva". O propulsor fez estreia no Challenger Hellcat, que trazia 712 cv de potência, mas chegou a 840 cv na versão Demon.
O motor do Hellcat é tão icônico dentro da Stellantis, que agrega as marcas Dodge, Chrysler, Jeep e RAM, que já foi instalado no Grand Cherokee e, mais recentemente, na RAM 1500 TRX. Sobre curtir tanta potência sem o ronco característico dos V8, Kuniskis disse que “estou empolgado com o futuro elétrico pois ele nos ajudará a não morrer. Sem essa tecnologia, estaríamos perto do fim".