De proposta nova, BMW X1 nacional agrada

Agora fabricado no Brasil em conjunto com o Série 3, SUV de entrada da marca agrada no dia a dia
BMW X1 2016

BMW X1 2016 | Imagem: AUTOO

Deve ter sido um impasse tremendo, daqueles dignos de reuniões intermináveis. “Afinal, se ninguém sabe que todos os nossos carros têm tração traseira, pra quê investir nisso”, argumentava um. “Porque é uma identidade da marca, nosso diferencial”, rebateria outro. Fato é que a BMW decidiu abrir mão de uma de suas características mais fortes e toda sua linha de compactos passará a contar com tração dianteira em suas versões de entrada. Em breve isso valerá para a próxima geração do Série 1, que inclusive contará com uma inédita carroceria sedã para disputar mercado com Audi A3 Sedan e Mercedes-Benz CLA. Bom, mas isso fica para uma outra conversa.

Se não tem mais tração traseira e todas as exigências técnicas que essa configuração impõe no momento de se projetar um carro, ao menos a nova geração do X1, agora fabricada no Brasil, ficou mais generosa no espaço interno para os ocupantes. Quatro adultos se instalam no carro com conforto, sendo que apenas o túnel central elevado, algo necessário para as configurações com tração integral, impede de colocar três passageiros com folga na segunda fileira de bancos. 

Quem conheceu o primeiro X1 e entra na nova geração do modelo vai ver como a diferença é nítida. A proposta, ou caráter do carro, mudou completamente. A posição de dirigir, antes mais baixa e intimista, quase um convite a passar várias horas atrás do volante, agora está mais próxima a de rivais como o Audi Q3. A nova plataforma e a consequente mudança do posicionamento do motor, que passou de longitudinal para transversal, também ajudou a liberar bem mais espaço na cabine para os passageiros na dianteira. O X1 ficou mais racional, porém sua proposta singular de conferir um toque superior de esportividade ao cada vez mais uniforme mundo dos SUVs compactos vai deixar saudade. Agora o motorista fica posicionado bem ao gosto dos amantes dos utilitários esportivos, levemente verticalizado e alguns centímetros mais longe do chão.  

 

BMW X1 sDrive20i X-Line

  • Resumo

    Preço

    R$ 179.950

    Categoria

    SUV médio

    Rivais

    Audi Q3, Mercedes-Benz GLA

    Vendas em 2015

    2.711 unidades

  • Mecânica

    Motor

    2.0 16V turbo flex

    Potência

    192 cv a 6.000 rpm (E)

    Torque

    28,5 kgfm a 1.250 rpm (E)

    Transmissão

    automática, 8 marchas

  • Dimensões

    Medidas

    4,43 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,59 m de altura e 2,67 m de entre-eixos

    Peso

    1.485 kg

    Porta-malas

    505 litros

 

Disponível em três versões no Brasil, o AUTOO optou por avaliar o BMW X1 na configuração sDrive 20i X-Line, que deverá responder por cerca de metade das vendas do SUV. Quando a gente olha a lista de equipamentos não é difícil entender o motivo. Tabelada em R$ 179.950, ou R$ 13.000 a mais que a versão de entrada, a versão avaliada traz teto solar panorâmico, bancos dianteiros e tampa do porta-malas com acionamento elétrico. Essa, aliás, é uma conveniência bem interessante do modelo. O acabamento interno e externo também é diferenciado na versão X-Line, mais jovial e arrojado, como é possível perceber pelo desenho das rodas de liga leve. O pacote de itens de série desde a configuração mais acessível é muito bom e inclui os faróis full-LED além da central multimídia com navegador integrado e um prático serviço de concierge e assistência em caso de emergência.

O motor na X1 sDrive20i X-Line segue um 2.0 turbo flex, porém já de uma nova geração (a B48, segundo a designação interna da BMW). Com 192 cv e 28,5 kgfm de torque, não há do que reclamar do SUV quando o assunto é acelerar. O câmbio de 8 marchas, o sistema start-stop (desliga o motor quando o carro encontra-se parado) e os inúmeros recursos que tornam o motor mais eficiente, como o controle de tempo e curso de abertura das válvulas, ainda conferem um consumo bem aceitável para o X1. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, o utilitário esportivo registrou parciais de 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números sobem para 10,3 e 13 km/l, respectivamente.

 
 
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A aceleração de 0 a 100 km/h na casa de 7,7 segundos e a velocidade máxima de 225 km/h são excelentes credenciais que dizem muito sobre a disposição do X1 para andar rápido, mas as respostas do carro estão bem diferentes. Se no X1 anterior você notava aquele comportamento típico de um carro com tração traseira, em que você é jogado para dentro da curva, hoje talvez você não realiza a manobra com o mesmo entusiasmo. A direção e a suspensão segue com suas calibrações impecáveis, um ponto forte da marca alemã. Uma pena que o piso castigado de nossas ruas e avenidas façam as rodas aro 18” sentirem o peso da má administração pública.

Se as respostas ao volante estão mais alinhadas com o que você encontra no segmento, a renovação na proposta do X1 também trouxe muitas benesses que o público da categoria espera encontrar em um modelo do tipo. O porta-malas, por exemplo, agora abriga mais de 500 litros e mostra-se mais do que suficiente para as necessidades de uma família.

Mais caro, porém com um conjunto mais instigante em relação a rivais como o Audi Q3 nacional com seu motor 1.4 turbo de 150 cv, o BMW X1 também se diferencia do Mercedes-Benz GLA ao oferecer um habitáculo de acesso mais fácil e até com uma sensação de espaço maior. Vale destacar que o SUV da Mercedes-Benz chega a brigar de igual para igual com o X1 avaliado aqui na sua versão 250 (2.0 turbo de 211 cv), porém o BMW mostra-se melhor resolvido. Uma pena que perdeu o vigor esportivo de outros tempos...