De olho no mercado indiano, Citroën vai desenvolver carros mais acessíveis
Marca francesa vai atuar na Índia a partir de 2021 e prepara nova estratégia
A PSA adotou há um bom tempo uma meta visando a internacionalização de suas marcas e seus negócios para se tornar menos dependente de seus resultados na Europa. Com isso, a Peugeot voltará a atuar no mercados dos EUA, a Opel vai se re-estabelecer na Rússia e a Citroën tem como uma de suas metas aportar no mercado indiano a partir de 2021.
A notícia pode parecer um pouco distante de nós, brasileiros, porém é a fórmula que a Citroën pensa em utilizar para se destacar na Índia que nos faz ficarmos alertas com os próximos passos da marca por lá.
Segundo a imprensa especializada europeia, para se dar bem em um mercado onde o fator preço é relevante – assim como ocorre no Brasil – a PSA poderá criar uma linha de produtos mais acessíveis nos mesmos moldes do que a Dacia representa para a Renault, focando esses carros para mercados emergentes como é o nosso caso.
Até o momento, a única declaração oficial sobre o assunto que a CEO da Citroën, Linda Jackson, emitiu foi a de que esses futuros carros serão “apropriados e relevantes para os consumidores na Índia”. Outro ponto destacado pela executiva é que o foco da empresa será levar para aquele mercado pontos fortes da marca Citroën, como o design mais trabalhado. “Nós achamos que o estilo único da Citroën oferece algo um pouco diferente das demais marcas e isso pode ser um bom começo para impactarmos o mercado indiano de uma forma mais rápida”, explicou.
A CEO também explicou que algumas projeções estimam que o mercado indiano deverá atingir 6 milhões de unidades vendidas por volta de 2025, previsão que, se constatada, fará do país o terceiro maior mercado do mundo logo atrás da China e EUA. Atualmente as marcas Maruti Suzuki, Tata, Hyundai e Mahindra detém mais de 80% dos emplacamentos de carros novos no país.
É interessante ficarmos de olho na estratégia da marca francesa para a Índia uma vez que uma nova linha de produtos mais baratos pode ser uma receita muito bem aplicada também para o Brasil. Vamos seguir de perto os próximos passos da PSA em sua estratégia de internacionalização.