Contra todos os prognósticos, Peugeot lança o novo 508
Sedã de luxo bebe na fonte dos cupês para voltar a colocar marca francesa na briga com os modelos alemães
O mundo quer utilitários esportivos e crossovers cada vez mais e é por essa razão que surpreende ver a Peugeot apostar ainda no mercado de sedãs, ainda mais de luxo. Mas é isso que os franceses estão fazendo com a nova geração do 508, seu modelo mais luxuoso.
Previsto para estrear no Salão de Genebra no mês que vem, o 508 não inventa: bebe na fonte dos cupês para entregar um estilo ousado e mais esportivo, ou seja, nada daquele jeitão clássico dos sedãs.
Assim como outros carros recentes da PSA (Peugeot, Citroën e agora Opel), o 508 é construído sobre a plataforma EMP2, modular e que reduz os custos de produção. O resultado é um sedã 70 kg mais leve que a geração anterior, ou seja, peso equivalente a um ocupante.
Na Europa, onde o diesel impera, são cinco opções de motores, dois a gasolina (180 cv e 225 cv) e três turbodiesel (130 cv, 160 cv e 180 cv). Com exceção do diesel de entrada que tem câmbio automático de seis marchas, os demais utilizam uma transmissão de oito velocidades. A tração é dianteira e a suspensão, independente nas quatro rodas.
O interior utiliza elementos já conhecidos de modelos como o 3008, com i-Cockpit 2, central multimídia com conexão para CarPlay e Android Auto, partida por botão, direção elétrica com design esportivo e cluster digital.
Mais detalhes deverão ser revelados em Genebra, mas o novo 508 ainda demora para chegar ao mercado europeu, o que deve ocorrer em setembro. No Brasil, onde chegou a ser vendido entre 2012 e 2014, o sedã teve poucos interessados: menos de 300 foram emplacados nesse período.
Isso quer dizer que o 508 deve ficar longe do Brasil. Talvez não. Como uma plataforma mais moderna e eficiente e sem restrições de importação, o sedã poderia ser trazido por um preço mais competitivo a fim de servir como “carro de imagem” da Peugeot. Nos resta torcer para isso.