Confira os prós e contras do Renault Clio como opção de carro usado barato

Com bom acabamento e equipado, o hatch agrada quem procura por um veículo pequeno, mas confortável
Renault Clio

Renault Clio | Imagem: Divulgação

A segunda geração do Renault Clio no Brasil foi lançada no final de 1999. Veio nas seguintes versões: a básica RL (1.0 de 59 cv) com rodas de aço e para-choques sem pintura, a intermediária RN (1.0 e 1.6 de 90 cv) e a topo de linha RT (1.6) que adicionava ar-condicionado, volante com regulagem de altura, faróis de neblina, rodas de liga leve 175/65 R14, trio elétrico, CD - Player e bancos bipartidos. 

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No ano 2000, o hatch ganhou a esportiva Si com motor 1.6 16V de 110 cv. Por fora, a diferença estava nas rodas de liga leve 185/60 R14 de desenho diferente, aerofólio traseiro, faróis de duplo óptico, capas dos retrovisores na cor da carroceria, bancos esportivos, volante e manopla do câmbio em couro e freios ABS. 

Para 2001, surgiram os propulsores 1.0 (70 cv) e 1.6 (102 cv), ambos 16V, disponíveis para a RN e RT e as séries especiais Yahoo (baseada na 1.0 8V RL e comercializada somente pela Internet) e Tech Run (com base na 1.0 16V RN e equipamentos da Si). 

Em 2002 foi a vez da 1.0 8V Jovem Pan (diferenciada pelo painel de instrumentos com fundo branco com conta-giros, aerofólio, CD – Player com controle no volante e rodas 175/60 R14 com calotas) e Alizé, baseados na versão RN 1.0 16V (acrescida de ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos nas portas dianteiras).

Para 2003, o hatch ganhou frente remodelada, com novos faróis, grade, capô e para-choques. Outra mudança ocorreu na troca das versões RL, RN e RT pelas Authentique, Expression e Privilège, nessa ordem. No mesmo ano, veio o Clio duas portas nas opções 1.0 (8 e 16V) e 1.6 (16V) e a Si saiu de linha. 

A Dynamique foi lançada em 2004 como topo de linha da versão duas portas, oferecida nas opções 1.0 e 1.6 16V e, mais tarde, a estreia da 1.6 flexível (115/110 cv). No ano seguinte foi a vez da 1.0 (77/76 cv). 

Em 2006 vieram as séries especiais 1.0 16V Expression Get Up limitada a 950 unidades e Air 1.6 16V Hi Flex, com 700 exemplares; além de algumas mudanças sutis no restante da linha. Curiosamente, em 2007 a Renault lançou a série limitada de cinco exemplares batizada de F1 Team - com motor 1.6 16V flexível de duas portas - onde somente foi sorteada entre os participantes da campanha promocional “Financeira Renault Portas Abertas”.

Foi nesse ano, que o modelo passou a ser importado da Argentina. Já a Campus apareceu em 2008 como modelo de entrada da Renault na versão 1.0 16V com duas ou quatro portas e as versões mais caras deram lugar ao então recém-chegado Sandero.

Para 2009 surgiu a Get Up com base na versão Campus. A diferença estava nos dois apoios de cabeça traseiros, desembaçador e limpador de vidro traseiro e logo com a inscrição “Get Up” no para-lama dianteiro, abaixo do sinalizador lateral. Rodas de liga leve de aro 14 com desenho esportivo, rádio CD Player com reprodução de músicas no sistema MP3, comando satélite do rádio instalado na coluna de direção e maçanetas internas na cor alumínio também faziam parte do pacote. De opcional só pintura metálica, ar-condicionado e direção hidráulica.

No ano de 2012, já prestes a sair de linha, a Renault reestilizou o Clio cuja potência do 1.0 16V saltou para 80/77 cv ante os 77/76 da antiga linha. Já sem grandes perspectivas, o modelo se despediu do mercado no fim de 2016. 


PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO

Renault Clio
Renault Clio vem com interior simples, mas bem equipado, com nível de acabamento acima da média
Imagem: Divulgação
  • Velocímetro 

Às vezes, ele simplesmente para de funcionar caindo o ponteiro, assim como o hodômetro total e parcial. A dica é levar até uma oficina para fazer a vistoria que dependendo do caso, pode ser uma simples limpeza ou a troca do sensor do velocímetro. Se este último for o caso, só o custo da peça será de mais de R$ 200.

  • Vibrações no motor 

Não é comum o coxim central, responsável pela fixação do conjunto motor/câmbio, estar desgastado. Os sintomas começam a aparecer quando surgem vibrações no motor que são transpassadas para o interior do veículo. Para verificar isso, peça a um mecânico para colocar o veículo em um elevador e avaliar a peça.

  • Chave codificada

Costuma dar pane, seja por mau uso ou mesmo pela vida útil. Geralmente o motor não pega e uma luz vermelha no painel fica piscando. Dependendo do problema, uma nova chega a ser vendida nas autorizadas por mais de R$ 1.500.

  • Sensor de rotação 

Com o tempo, este sensor, que faz parte do sistema de injeção apresenta, causa falhas de leitura ocasionando variações na marcha - lenta ou o “apagamento” repentino do motor. A solução é a troca do componente que custa em média R$ 200 em concessionária, fora a mão-de-obra que também é cara.

  • Bomba de combustível 

Não é difícil a queima da bomba de combustível dos modelos Hi-Flex. Os principais sintomas são: falha no motor e chiado em ponto morto. A substituição desta peça vai custar cerca de R$ 900 nas autorizadas.

 

MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR

Renault Clio
Renault Clio mudou pouco na última reestilização, quando ficou com aspecto mais esportivo
Imagem: Divulgação

Se você é solteiro ou casado sem filhos, o hatch da Renault pode ser uma opção barata de carro de rodízio ou mesmo para usá-lo sem grandes pretensões.

Com seus 3,81 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,41 m de altura e 2,47 m de entre-eixos, não dão muito para fazer milagres. O porta-malas de 255 litros perde até para os 280 litros do Fiat Palio com seus 3,73 m de comprimento, 1,61 m de largura, 1,44 m de altura e 2,36 m de entre-eixos.

Por outro lado, o Clio traz acabamento superior e lista de itens de série mais recheada, dependendo da versão. Por falar nisso, opte por unidades equipadas com motores mais potentes como a 1.6 flexível e com direção hidráulica e ar-condicionado que oferecem melhores custos-benefícios. Ah, sempre com quatro portas, ok? Elas podem ser encontradas por menos de R$ 20 mil e já vêm bem equipadas.

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Fernando Garcia

Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.