Como escolher um carro? Confira cinco dicas que podem ajudar
Tarefa nem sempre muito fácil, com algumas dicas você pode fazer uma boa compra
A menos que você já esteja de olho naquele carro específico ou já decidiu a compra e está apenas aguardando determinado lançamento chegar às concessionárias em breve, para boa parte do público a escolha de um carro, seja ele novo ou usado, envolve uma tomada de decisão que nem sempre é fácil.
Se você não é muito afeito ao tema automóveis e sempre acaba se sentindo um pouco perdido na hora de escolher qual carro comprar, algumas dicas importantes podem ajudá-lo (a) a fazer uma escolha mais interessante. Vamos, então, a elas:
1º - Não compre carro pela exceção
Por mais que possa parecer um tanto quanto elementar, um bom processo de compra para o seu próximo carro começa com uma análise objetiva do seu perfil de uso, tipos de deslocamento que vai efetuar com o automóvel, por quais tipos de piso vai trafegar, entre outros pontos. A família é grande ou vai aumentar? Eu vou utilizar o carro a maior parte do tempo sozinho ou acompanhado? Com que frequência vou viajar com o carro? Percorro longas distâncias? Uso o carro em vias não pavimentadas? E por aí vai.
Vale a pena você ponderar todos esses itens (e outros pontos específicos para você) com o objetivo de filtrar o tipo de carroceria mais condizente com seu perfil. Afinal, não vai fazer o menor sentido você comprar uma picape média cabine dupla se você só vai rodar pela cidade para ir de casa ao trabalho, concorda?
Hoje em dia um SUV compacto atende grande parte das necessidades do uso familiar, bem como sedãs compactos recentes, tais como Chevrolet Onix Plus, VW Virtus, Hyundai HB20S, entre outros.
É claro que outro ponto muito importante é você alinhar também a proposta do carro com os seus gostos particulares. Se você é solteiro (a), não viaja muito com o carro e não tem a necessidade de um porta-malas grande, apenas para citar alguns exemplos, talvez um hatch compacto já esteja de bom tamanho para você.
Agora, se automóveis muito pequenos não lhe deixam confortável, aí é prudente selecionar modelos que vão favorecer seu bem-estar a bordo. Para tanto, um bom test-drive é a melhor ajuda para que você conheça em profundidade tudo o que o determinado modelo é capaz de entregar.
Por fim, em especial no caso de consumidores idosos, bem como aqueles com alguma restrição física, é importante analisar o acesso ao veículo, além de detalhes como o ângulo de abertura de portas, altura dos bancos, posição de dirigir, conforto dos assentos, entre outros. Como todos esses detalhes podem variar consideravelmente entre um automóvel e outro, é sempre bom procurar fazer uma análise cautelosa.
2º - Desempenho e consumo
Com o advento do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), ficou muito fácil contarmos com uma ideia geral do consumo que determinado veículo é capaz de entregar. É sempre bom ficar atento (a) a isso uma vez que ninguém quer estar no comando de um carro beberrão, não é mesmo?
A tabela do PBEV pode ser facilmente consultada na internet ou até mesmo nos adesivos colados diretamente nos carros. Hoje em dia, se possível, dê preferência para veículos que entreguem parciais iguais ou melhores a 11,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada, considerando aqui o uso de gasolina. As médias podem ser facilmente encontrada em tabelas do PBEV. Claro que estamos falando aqui de automóveis sem qualquer tipo de eletrificação dos seus conjuntos mecânicos, excluindo, portanto, híbridos, híbridos plug-in, entre outros. Os modelos eletrificados certamente já apresentam números satisfatórios nesse quesito.
Outra dica que pode balizar a escolha do seu próximo automóvel é selecionar carros com uma aceleração de 0 a 100 km/h na casa de 10 a 11 segundos (ou abaixo desse intervalo). Esse já é um sólido indicativo de um desempenho suficiente para que o carro lhe entregue boas respostas ao volante. Você pode encontrar dados de aceleração e retomadas facilmente na internet ao procurar pelo modelo que você está considerando comprar.
3º - Cuidado com a segurança
Independente de você estar considerando a compra de um carro novo ou usado, dê sempre preferência para modelos equipados com airbag duplo frontal e freios ABS (obrigatórios desde 2014 por força de lei), bem como os controles de tração e estabilidade, dupla reunida em um pacote que tornou-se conhecido pela sigla em inglês ESP (Electronic Stability Program). O controle eletrônico de estabilidade pode evitar acidentes fatais ao procurar manter o veículo sempre na trajetória ideal e sob controle do motorista. Para tanto, ele pode operar os freios de forma independente ou reduzir a potência e o torque do motor, se necessário.
Hoje é comum encontrar automóveis que vão além no quesito segurança e saem de fábrica com bem mais do que os dois airbags frontais obrigatórios, oferecendo também as bolsas infláveis laterais, de cortina, joelhos ou até mais airbags. Outro ponto também a ser avaliado é a presença de assistentes de condução avançados, como o alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, monitoramento de pontos cegos, entre outros.
Ainda quando falamos na questão da segurança, é prudente acompanhar a seção de resultados do Latin NCAP para verificar a resposta estrutural de determinado modelo em caso de acidentes. Alguns carros já testados pelo órgão mostraram uma performance pífia nesse aspecto, com alguns deles não obtendo sequer a menor pontuação possível nos testes e, portanto, devem ser evitados.
4º - Verifique o histórico do modelo no mercado
Antes de optar por determinado modelo, seja ele novo ou usado, vale a pena realizar uma boa pesquisa sobre sua reputação no mercado. Para tanto, uma dica é navegar por sites de auxílio ao consumidor, como o Reclame Aqui, entre outros.
Dessa forma, é possível verificar se existem problemas graves envolvendo algum modelo específico, bem como determinada tecnologia que o automóvel pode utilizar.
Com essa precaução, você evita adquirir um veículo com algum problema crônico ou vício de projeto, o que poderá lhe evitar aborrecimentos ou gastos elevados com manutenção no futuro.
5º - Atenção com os custos
Além do cuidado em escolher um automóvel que não exagera no consumo de combustível, é bom você analisar também outros custos de propriedade com atenção. Cote sempre o valor do seguro para o modelo que você considerou interessante antes de fechar negócio, evitando assim uma surpresa (nada agradável...) mais para frente.
Nos sites das fabricantes também é possível encontrar os valores das revisões. Some e compare os números com outros modelos equivalentes e veja se o preço final está na média do segmento.
Uma dica: algumas marcas costumam separar ou não apresentar o custo da mão-de-obra das revisões, portanto é bom ficar atento (a). Caso seja necessário, verifique com alguma concessionária o valor.
Por fim, hoje em dia o padrão em termos de prazo de garantia total para um carro 0 km é de três anos, com algumas marcas oferecendo prazo mais dilatado. Se possível, opte por um carro com pelo menos o período de cobertura que se tornou a nova referência na indústria nacional.