Com R$ 35 mil no bolso, Ford Ka Sedan usado pode ser um bom negócio

Sedã é bem equipado com ar-condicionado e direção elétrica e algumas unidades ainda têm garantia
Ford Ka  SEL 1.5 2016

Ford Ka SEL 1.5 2016 | Imagem: Divulgação

Chegou a hora de trocar o seu hatch básico por um sedã mais equipado e confortável, mas para isso, essa troca precisa valer a pena. É aí que entra o Ford Ka Sedan.

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Lançado pela primeira vez em 1997, o modelo da Ford só ganhou a configuração sedã (conhecida como Ka+) no final de 2014, com o propósito de atrapalhar as vendas do Chevrolet Prisma, Fiat Grand Siena e Hyundai HB20S

Para isso, o Ka Sedan tinha atributos convincentes na preferência, apesar de ser o modelo com menor porta-malas da categoria, com 445 litros (Chevrolet Prisma, 500 litros; Fiat Grand Siena, 520 litros e Hyundai HB20S, 474 litros). O trunfo estava no excelente pacote de acessórios de série - desde a versão de entrada (SE) - trazendo ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle remoto, sistema de som com entrada para USB e conexão Bluetooth, dois airbags (motorista e passageiro), freios ABS com EBD e abertura elétrica do porta-malas. 

Entre as opções de motor, há a tricilíndrica 1.0 12V (TiVCT) que rende 85 cv quando abastecida com etanol e 80 cv se colocado gasolina. Já o torque é de 10,7 kgfm (etanol) e 10,2 kgfm (gasolina). Associada a esta unidade, está o câmbio manual de cinco marchas. Segundo o Inmetro, essa opção traz um consumo de 8,9 km/l com etanol e 13 km/l com gasolina na cidade, e 10,4 km/l com etanol e 15,1 km/l com gasolina na estrada.

Além dessa, há a variante Sigma de quatro cilindros 1.5 16V Flex que tem potência de 110 cv com etanol e 105 cv com gasolina e torque de 14,8 kgfm (etanol) e 14,5 kgfm (gasolina), também com transmissão manual de cinco velocidades. Dados de consumo do Inmetro apontam: 7,9 km/l com etanol e 11,5 km/l com gasolina na cidade e 9,5 km/l com etanol e 13,6 km/l com gasolina na estrada.

Com a onda do downsizing (redução de volume do motor) se popularizando mundialmente, por aqui, a Ford estendeu o motor de três cilindros para a 1.5 12V em 2018. Com isso, apesar da redução no número de cilindros, a potência saltou para 137/130 cv com etanol/gasolina, enquanto que o torque foi para 16,1 kgfm (etanol) e 15,6 kgfm (gasolina).

A chegada do novo motor veio acompanhada de uma reestilização na linha além da estreia da opção com câmbio automático de seis marchas. Na questão do consumo, houve uma melhora também. Segundo o Inmetro, a opção com câmbio manual faz 8,4 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada rodando com etanol e 12,5 km/l na cidade e 15 km/l na estrada com gasolina. Já a opção automática, os números são: 7,8 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada (etanol) e 11 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada (gasolina). O sedã durou até 2021, quando a Ford anunciou o encerramento da produção de veículos no Brasil


PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO

Ford Ka Urban Warrior
Versões mais equipadas podem ter central multimídia, computador de bordo e volante multifuncional 
Imagem: Divulgação
  • Acabamento

Mesmo nas versões mais caras com melhores acabamentos, o barulho vindo do acabamento plástico (painel, forros de portas e acabamentos de coluna) é algo muito comum, mesmo em unidades pouco usadas e com baixa quilometragem. A solução pode ser facilmente resolvida levando o veículo a empresas especializadas em remover barulhos. O custo médio do serviço é de R$ 400 a R$ 1.200, dependendo da situação.

  • Infiltração de água

Outra “barreira” crônica que incomoda os donos - e bastante discutido em fóruns sobre o modelo - é a má vedação entre a tampa do porta-malas e a borracha da guarnição. Em alguns casos, a água chega a acumular sobre o assoalho do porta-malas, atrás dos bancos dianteiros, deixando um forte odor. Já em outros acontecimentos, o problema foi solucionado apenas com a regulagem da tampa do porta-malas para melhor assentamento com a borracha. Em outros, foi preciso vedar com silicone o difusor da capa do para-choque traseiro (localizado por dentro, na parte lateral do acessório).

  • Problemas na partida

A linha Ka da última geração trouxe o Easy Start, recurso de partida eletrônica que dispensa o tradicional reservatório do sistema de partida a frio. Ele é controlado automaticamente e se ajusta para a temperatura e a quantidade de etanol. O fato é que há inúmeros casos em que houve falhas nas tentativas de ligar o motor, seja em dias quentes ou em dias frios. 

  • Ruídos no câmbio

Basta pesquisar na internet sobre ruídos no câmbio manual da linha Ka que você verá mais de uma ocorrência. Há até vídeos mostrando os barulhos durante as trocas, mais frequentes nas passagens da primeira para a segunda marcha e marcha à ré. Em alguns dos relatos, foi preciso substituir a transmissão. 

  • Recall

Atente para o recall da troca dos fechos do cinto de segurança dos veículos dos modelos 2017 fabricados entre 9 de novembro de 2016 até 3 de dezembro de 2016, substituição da armação do volante de direção (modelos 2019, feitos entre 11 de fevereiro de 2019 até 19 de fevereiro de 2019), troca do chicote do sistema de monitoramento da bateria (modelos 2018, de 11 junho de 2018 até 10 de julho de 2018 e modelos 2019, de 11 junho de 2018 até 15 de maio de 2019) e substituição do reclinador manual do encosto dos bancos dianteiros (modelos 2019, de 10 de outubro de 2018 até 1º de junho de 2019 e modelos 2020, de 19 de fevereiro de 2019 até 19 de setembro de 2019).

MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR

Ford Ka Urban Warrior
Ford Ka Sedan  vem com porta-malas de 445 litros, um bom espaço, mas o menor da categoria
Imagem: Divulgação

O Ford Ka se livrou do temido câmbio Powershift que causava muita dor de cabeça para seus proprietários. Sendo assim, não existe uma “versão micada”. 

A única restrição é que se você tiver uma grana sobrando, é dar preferência às unidades mais novas e com garantia de fábrica - a Ford dá três anos. O único “obstáculo” é ter de recorrer a uma outra loja credenciada mais próxima do seu endereço, já que com a saída da fabricante em 2021, muitas autorizadas fecharam as suas portas. 

Por exemplo, os últimos modelos produzidos em janeiro de 2021 ainda têm o início de 2024 coberto pela garantia. Os preços partem de R$ 55 mil e vão até R$ 73.500.

Se o orçamento está apertado, com R$ 35 mil, é possível encontrar as versões mais simples e equipadas com motor 1.0 de três cilindros - estão entre as mais econômicas da linha. Elas já contam com os itens mais desejados, como a direção elétrica e ar-condicionado.

Já se faz questão de mais conforto, as com transmissão automática (disponível só para a 1.5) são bem-vindas. Lançadas a partir de 2018, a caixa tem seis marchas e também permite que se façam as trocas manualmente, através da função SelectShift, que pode ser acionada por meio de botões na alavanca. Os preços começam em R$ 55 mil.

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