Com Cactus e novo Aircross, Citroën deve jogar suas fichas nos SUVs
SUV e nova geração do compacto estão nos planos da marca francesa no Brasil
Conhecida pelo estilo um tanto exótico e por sua relação com universos como o das artes e da moda, a Citroën planeja uma mudança de direção nos próximos anos. Relegada ao segundo plano no Brasil desde que a Peugeot passou a concentrar os principais investimentos da PSA, agora o grupo francês voltará a focar na marca dos dois chevrons.
A primeira grande novidade que chegará ao mercado brasileiro é o C4 Cactus, um SUV de linhas ousadas e que está prestes a ser produzido na região. Aqui ele ocupará uma faixa de preços entre R$ 80 mil ou R$ 90 mil até mais de R$ 100 mil e por isso deve ser equipado com o elogiado motor 1.6 THP, com injeção direta e turbo, além de ser equipado apenas com transmissão automática. Ou seja, vai brigar na seara do Honda HR-V, Hyundai Creta e Jeep Renegade e até beliscar alguma clientela do Jeep Compass de entrada.
Se acertarmos nessa estratégia, fará todo sentido trazer para o Brasil o novo C3 Aircross vendido na Europa. Um indício forte que o modelo será nacionalizado é o fato de a PSA ter registrado sua patente em janeiro, conforme revela um documento do INPI, instituto responsável por registrar esses dados.
Para quem não conhece, o novo Aircross deixou aquele jeitão de minivan aventureira para ganhar uma carroceria com traços de utilitário esportivo. Com capô mais alto e estilo mais encorpado, o modelo pode fazer o papel de SUV de entrada da marca, com valor entre R$ 60 mil e R$ 80 mil.
Mecânica semelhante
Claro que a versão nacional deve perder muitos detalhes comparada à europeia. A própria imagen do INPI revela que o futuro Aircross brasileiro terá elementos mais simples na carroceria. Por isso é melhor não esperar pelo belo painel que vemos no carro francês que traz até HUD, o visor ao nível dos olhos, mas é factível pensar na enorme central multimídia ou no acabamento interno em duas cores.
A parte mecânica não deve receber grandes novidades e permanecer com o motor 1.6 aspirado e opção de transmissão manual e automática de seis velocidades. Não é otimismo em excesso pensar que o novo Aircross esteja no Salão do Automóvel em novembro. Até lá, espera-se que a Citroën volte a ter um papel mais relevante no país.
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