Com atraso, Ford lança novo Edge no Brasil por R$ 230 mil
Segunda geração do crossover canadense foi lançada no ano passado, mas só agora desembarca no país
O Edge surgiu na esteira do sedã Fusion e sua frente “Gilette Mach 3”. O crossover é produzido desde 2006 no Canadá e chegou ao Brasil no final de 2008 para ser uma referência de SUV na Ford, que não competia no segmento mais luxuoso.
Em 2012, com seu primeiro facelift que evidenciou o visual cromado, o Edge viveu seu melhor momento graças ao câmbio favorável e também às inovações tecnológicas como o painel digital configurável. Foram quase 4 mil veículos emplacados naquele ano, sucesso que ainda perdurou até 2014. Já no ano passado, com o desaquecimento da economia, apenas mil unidades foram emplacadas, em parte porque a primeira geração dava lugar para a nova, que apenas agora chegou ao Brasil.
A situação que o novo Edge encontrará por aqui em nada lembra os tempos áureos. As vendas estão minguando e há muito mais concorrentes no mercado. Além disso, o Edge agora custa R$ 229.900 na única versão Titanium, que o torna mais caro que alguns modelos bem vendidos no mercado como o Land Rover Discovery Sport, por exemplo.
Assim como o primeiro Edge, este também compartilha soluções com o Fusion. O painel, por exemplo, é bem parecido e mantém os visores digitais que estrearam nele em 2012. Mas o Edge agora conta com recursos obrigatórios no segmento como piloto automático adaptativo, alerta de ponto cego, o “lane assist”, que vibra o volante em caso de saída da faixa, mas também uma direção elétrica inteligente que muda a relação de giro conforme a necessidade.
Visual mais equilibrado
Na parte mecânica, no entanto, o Edge 2017 segue praticamente o mesmo. O motorzão V6 3.5 agora tem 284 cv para ser menos gastão. A transmissão é de seis velocidades automática com borboletas nos volantes, algo melhor do que o sistema de trocas na alavanca do câmbio – a versão importada tem tração integral de série.
Ao menos no visual, o Edge está mais elegante. As linhas são mais sóbrias embora a grade frontal continue chamativa. As lanternas agora ocupam toda a parte traseira, na verdade, uma extensão estética apenas. Mas o resultado é equilibrado e em linha com estilo da marca.
Com esse preço, o novo Edge certamente deve ser uma visão rara nas ruas, no entanto.