Citroën vai ressuscitar o luxuoso e exótico C5
Antigo modelo premium dará lugar a uma perua crossover que será revelada na China e na Europa a partir de 2021
O sedan (ou notchback, como alguns preferem) C5 chegou ao mercado europeu no início dos anos 2000 como autêntico sucessor do Xantia e em parte do clássico XM. Modelo da Citroën que só perdia para o raro C6 em luxo, o C5 utiliza a famosa suspensão Hydractive, que se adaptava aos diferentes pisos, entre outras tecnologias.
O modelo chegou a ganhar uma segunda geração em 2007, mas as vendas declinantes nos anos seguintes fizeram a marca francesa abandonar sua linhagem, substituída pelos carros da DS, a então nova marca de luxo do grupo.
O nome ‘C5’, no entanto, permaneceu vivo na Europa, com o SUV C5 Aircross, e também na China, onde o velho sedan seguiu em produção e que também conta com o utilitário esportivo.
Parecia ser o fim do estilo de carro de luxo francês, com sua enorme distância entreeixos e a traseira notchback, mas a montadora está prestes a ressuscitar o C5, segundo afirma a imprensa europeia.
O novo C5, inclusive, foi flagrado na China, com pesados disfarces. Esperado para o Salão de Xangai de 2021, o novo veículo é esperado também na Europa, onde deve ser lançado no começo de 2022.
Mas o que a Citroën pretende com o novo C5? Pelo que se pode supor, voltar a contar com um veículo elegante e luxuoso, que assumirá o papel também do finado C6, mas sem abrir mão do visual esportivo. Por isso, ele deverá ser um crossover de perua com pitadas de notchback.
Para isso terá 4,85 metros de comprimento, um capô bastante extenso e inspiração no conceito CXperience, revelado anos atrás. Não há muitos detalhes quanto à sua motorização, mas é certo que haverá propulsão híbrida. Resta saber se a suspensão ativa voltará a ser um dos seus diferenciais como antes.
Demanda duvidosa
Apesar de ser uma boa notícia sob o aspecto da tradição da marca, o novo C5 será uma incógnita no mercado. Na Europa, a disputa com os rivais alemães é completamente injusta, tamanha a força das marcas Mercedes, BMW e Audi. Na China, que é adepta de modelos grandes, talvez o Citroën encontre algum espaço.
Já em mercados menores onde a Citroën atua como o Brasil, esse C5 pode ser considerado com segurança uma carta fora do baralho. A marca sofre hoje para se manter no país, apenas com vendas razoáveis do C4 Cactus e alguns utilitários por isso a expectativa é que o C5 Aircross seja importado um dia. A DS, por sua vez, que deveria ter aberto o caminho para uma linha de produtos premium, fracassou por aqui, o que já indica que as chances do novo carro são ínfimas.