Citroën admite ressuscitar o C4 Hatch

Principal executiva da marca admitiu que um sucessor para o modelo deve chegar ao mercado europeu num futuro breve
Citroën C4 Hatch 2009

Citroën C4 Hatch 2009 | Imagem: Divulgação

Mesmo com a decadência dos hatchbacks de porte médio no mundo (o chamado segmento C), a Citroën admitiu que pretende voltar a vender o C4 hatchback ao menos na Europa. Em entrevista à revista britânica Auto Express, Linda Jackson, CEO da marca francesa, revelou que um sucessor para o C4 está nos planos.

“O segmento C (onde atuava o C4 hatch) é extremamente importante para nós. Assim, quando for o momento de lançar novos veículos teremos um substituto para o C4 ", disse Jackson. A Citroën deixou de vender o C4 hatch na Europa em 2017 devido à baixa demanda. Ele foi substituído provisoriamente pelo C4 Cactus, um crossover que também será lançado no Brasil em 2018.

A solução, no entanto, foi considerada provisória pela executiva. Agora dona da Opel (e do braço britânico Vauxhall), a PSA tem outros dois fortes produtos no segmento, o Peugeot 308, que terá uma nova geração, e o Astra, um dos mais conhecidos hatches médios do mercado. Ou seja, ter uma versão dele com roupagem “Citroën” não é uma tarefa complexa.

E o Brasil?

Se lá fora, há ainda esperança para os hatches médios, no Brasil essa possibilidade é remota. Com vendas declinantes sobretudo pela concorrência dos SUVs compactos, o mercado desse tipo de veículo parece não ter muito futuro. Hoje o modelo mais vendido do segmento é o Cruze que no início de janeiro havia emplacado 400 exemplares apenas.

A PSA, por sua vez, mantém apenas o 308 da geração anterior à venda, mas somente 59 unidades haviam sido emplacadas no começo do ano. Já o C4 hatch teve uma carreira apagada por aqui. Lançado em 2009, o modelo de 4 portas chegou bem depois da versão sedã, o C4 Pallas, e pagou caro por isso. Já em 2014 a Citroën desistiu de vendê-lo após ter emplacado 46,5 mil unidades. Antes disso, o importado C4 VTR, de duas portas e estilo cupê, chegou a ter uma boa aceitação, mas saiu de cena pouco tempo depois.

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Ricardo Meier

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