Chineses e governo francês assumem controle da Peugeot-Citroën

Grupo agora liderado pela Dongfeng prepara recuperação após declínio abrupto em 2013; meta é vender 1,5 milhão de carros por ano em 2020

PSA vai investir em compactos populares e híbridos | Imagem: Peugeot

E os chineses salvaram mais uma montadora europeia. A exemplo da Volvo, que estava prestes a falir quando foi comprada pela Geely, agora foi a vez do Grupo PSA Peugeot-Citroën receber investimentos de uma empresa chinesa, a montadora estatal Dongfeng. A empresa francesa fechou nesta quarta-feira (19) a venda de 14% de suas ações ao conglomerado chinês por 800 milhões de euros. O governo da França também entrou no negócio e adquiriu outros 14% da PSA para ajudar em seu resgate.

A família Peugeot, que até então era o maior acionista do grupo, ficou com outros 14% das ações. O restante da empresa é dividido entre outros acionistas. O anúncio oficial, com mais detalhes, será feito em março, informou a montadora.

A decisão de dividir o controle da PSA surgiu após a empresa acumular um prejuízo de 2,32 bilhões de euros em 2013, o que resultou em demissões, corte de investimento e até no fechamento de fábricas.

Avaliação: Peugeot 208 agrada, mas preço ainda é alto

Para manter a marca ativa enquanto se recupera, a Dongfeng vai disponibilizar 3 bilhões de euros ao grupo francês. Já a família Peugeot e seus atuais investidores terão de levantar outros 3 bilhões de euros para ajudar na recuperação.

Com os novos investimentos, o Grupo PSA agora planeja investir em projetos de carros compactos populares e também na tecnologia híbrida. A Dongfeng vai ajudar criando um centro de pesquisa e desenvolvimento na China para criar produtos com foco nos mercados emergentes. A meta é de vender 1,5 milhão de carros por ano a partir de 2020. Enquanto isso, a empresa francesa deve seguir no vermelho até 2016.

A PSA também vai trocar a presidência, atualmente a cargo do francês Philippe Varin. Em seu lugar entrará o português Carlos Tavares, ex-Renault.