Chevrolet Spin 2025: minivan renovada aposta na relação entre custo e benefício
Versão topo de linha conta com tela panorâmica e multimídia com internet a bordo entre os destaques
A GM decide renovar mais uma vez a minivan Chevrolet Spin, lançada há 12 anos, com planos de manter o atual patamar de vendas e até aumentar um pouco. No primeiro trimestre de 2024,conforme dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos), o modelo teve 2.312 unidades vendidas, o que é bem mais do que as 933 unidades do Citroën C3 Aircross, seu principal concorrente hoje em dia.
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Por incrível que pode parecer, a Chevrolet Spin segue sozinha no terreno das minivans, que foi extinto no Brasil com a chegada dos SUVs. A GM tentou classificá-la como um crossover, com a intenção deixá-la mais próxima de um utilitário esportivo, segmento que detém 47,6% das vendas de janeiro a março.
Com versões de 7 lugares, a veterana da Chevrolet parte para mais um período nas lojas desafiando o concorrente da marca francesa, que deverá receber melhorias para entrar nessa briga com mais força. De fato, ainda não há nada com tanto espaço e leve até 7 pessoas que custe o mesmo ou até menos que a Chevrolet Spin atualmente. Avaliamos a bem equipada versão Premier (R$ 144.990), mas a básica LT pode ser encontrada por R$ 119.990.
Minivan é atualizada, mas espaço ainda é principal trunfo
Porém, mesmo na versão topo de linha, a sensação de estar ao volante da minivan é uma volta ao passado. Tente regular a altura do banco e o esforço de girar a pequena roldana na base do assento é quase em vão. Você ficará bem mais alto do que gostaria, com o console central lá embaixo.
Acessar o botão que abre e fecha as portas vai exigir um certo esforço para esticar o braço e inclinar o tronco. O volante multifuncional fica um pouco abaixo do seu queixo e tanto o câmbio automático de seis marchas quanto o antiquado motor 1.8 flex (que rende até 111 cv e 17,7 kgfm a 2.600 rpm) estão lá apenas para levar o carro do ponto A para o B, exigindo uma boa dose de paciência e cautela da sua parte.
Mesmo vazio, falta força para ultrapassagens com alguma agilidade. Então, é bom ir devagar com o andor. Os níveis de vibração e ruído estão acima do ideal e sinta-se um monge budista ao contornar curvas, já que estamos falando de um carro com alto centro de gravidade, área frontal de 2,55m², modestas rodas de aro 16 com pneus 205/60R e uma boa transferência de peso (1.292 kg) de um lado para o outro. Ainda bem que o controle de estabilidade (ESP) passou a ser obrigatório em 2024.
Com esse conjunto mecânico antiquado, o consumo não é dos melhores, embora a GM o tenha recalibrado. Conforme o Inmetro, a Chevrolet Spin Premier 2025 é capaz de fazer 7,4 km/l na cidade e 9,3 kml na estrada com etanol, números que melhoram um pouco com gasolina (10,5 km/l e 13,4 km/l, respectivamente).
Sem teto solar panorâmico e bancos que não são tão confortáveis como deveriam, resta apenas a questão do espaço como um dos principais trunfos da Spin. Não vai ser muito fácil ficar configurando os bancos do jeito que você precisa, já que o sistema é bem simples e pouco prático, contanto até com um elástico com um gancho para prender o assento a terceira fileira, mas terá nada desprezíveis 553 litros no porta-malas levando até cinco ocupantes.
Abaixando os bancos das duas fileiras, deixando apenas os dois dianteiros, é possível chegar nos 1.608 litros, o que é suficiente para levar objetos mais longos, como uma bicicleta, caiaques, esquis, mesas, entre outros. Faltaram apenas pontos de ancoragem para segurar a carga. Mas a lista de equipamentos é bem completa na versão Premier, com ar-condicionado digital, carregador de celular por indução, faróis e limpador de para-brisa com acionamento automático, entre outros itens.
Veredicto
A GM apostou na boa relação entre custo e benefício da Spin para renová-la na linha 2025. Além disso, o principal concorrente, o Citroën C3 Aircross de 7 lugares, ainda precisa evoluir para ter mais apelo de vendas. Para quem precisa de espaço e não quer gastar muito, a Spin ainda é uma opção interessante no mercado, contanto que seja tolerante com as limitações do projeto antiquado.
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