Chevrolet Monza: sedan seria um bom sucessor para o Cruze no Brasil?
Modelo já foi flagrado em testes no México, sinalizando uma aproximação do sedan de nossa região
O segmento de sedans é um dos poucos que consegue resistir ao avanço global dos SUVs até mesmo por conta de sua proposta singular e o formato mais clássico de sua carroceria.
Aqui no Brasil, o Chevrolet Cruze ainda conta com um bom fôlego nas vendas, ficando logo atrás de Toyota Corolla e Honda Civic entre os modelos mais vendidos na categoria.
A grande questão é que o futuro do três volumes parece cada vez mais indefinido. Em janeiro deste ano, a fábrica argentina da GM em Alvear tornou-se a única no mundo a seguir produzindo o modelo, já descontinuado na Coreia do Sul, México e Estados Unidos. Uma terceira geração do sedan parece cada vez mais improvável, uma vez que até mesmo na China ele não tem seguirá mais no mercado.
Mas é da potência asiática que surge uma solução bem interessante caso a Chevrolet queira seguir no segmento de sedans médios aqui no Brasil.
Com um nome mais do que conhecido entre nós, o Chevrolet Monza chinês foi flagrado recentemente em testes no México, sinalizando que a fabricante norte-americana vislumbra um potencial do modelo em nossa região.
De fato, olhando a ficha técnica no Chevrolet Monza, temos um sedan que se destacaria com facilidade entre alguns de seus rivais diretos.
Com um estilo de design que remete aos novos Onix e Tracker, o Monza conta com uma carroceria de orientação mais esportiva e bem esculpida nas formas. Seu porte também está alinhado com modelo de sucesso no segmento. Com 4,63 m de comprimento e 1,79 m de comprimento em sua variante esportiva Redline, o Monza empata em termos de dimensões com um Toyota Corolla atual.
Lançado em março de 2019 na China, o Monza pode receber sob o capô os motores 1.0 e 1.3, ambos turbo, e o 1.5 aspirado. Recentemente, em maio deste ano, o sedan ganhou uma variante híbrida-leve com sistema elétrico de 48V, que ajuda a aprimorar a eficiência no uso de combustível. Dependendo da versão, o Monza pode receber uma transmissão de dupla embreagem com 6 marchas ou uma caixa automática convencional.
Apresentada no Brasil em 2016, a atual segunda geração do Cruze recebeu uma atualização visual em 2019, garantindo uma sobrevida de pelo menos dois a três anos, no máximo, para o sedan. É inegável que o Cruze ainda entrega um bom conjunto, tendo como destaques o motor 1.4 turbo e o bom nível de equipamentos que pode receber em seu catálogo topo de linha Premier. Porém, na medida em que os concorrentes diretos também vão se aprimorando, é inexorável que a Chevrolet vai precisar definir uma estratégia caso queira seguir no segmento de forma competitiva olhando para o médio prazo.
Um nome que já fez muito sucesso no Brasil, certamente uma volta do Monza ao mercado até que poderia ser uma ideia bem interessante…