Chevrolet Montana LT com câmbio manual se mostra uma grata surpresa
Picape tem boa relação entre custo e benefício, além de conseguir ser ágil e econômica no dia a dia
Há pouco mais de um ano havia ficado alguns dias com a versão RS da picape Montana, a mais cara da linha, com apelo esportivo e vários equipamentos. Quando me ofereceram a mais simples, a LT 1.2, com câmbio manual, confesso que não fiquei muito animado. Mas não é que gostei mais da versão mais modesta? Pois é, me surpreendi, como veremos a seguir.
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A Chevrolet Montana LT 1.2 com câmbio manual de 6 marchas é a versão básica da picape da GM, com preço sugerido que parte de R$ 130.290 (setembro de 2024). Para quem não faz questão de uma caixa automática vai encontrar neste carro um utilitário que tem bom fôlego para ultrapassagens no dia a dia com certa economia de combustível.
Aliás, a combinação do motor 1.2 turboflex, de apenas três cilindros, que rende 133 cv e bons 21,4 kgfm de torque a meros 2.000 rpm você vai encontrar apenas nesta versão LT da Montana em toda linha GM disponível no Brasil. Os puristas, bem que gostariam de ter esse conjunto no Onix RS, mas isso é outra história... Vamos às nossas impressões ao volante da picape.
Conjunto bem acertado
Para quem gosta de dirigir é animador estar no comando do câmbio manual, de 6 marchas, da Montana 1.2 LT. Com uma interessante relação entre peso e potência de 9,6 kg/cv consegue-se boa agilidade, principalmente nas ultrapassagens, quando as retomadas são sempre feitas com rapidez e segurança. A aceleração de 0 a 100 km/h nem é muito surpreendente, feita em razoáveis 11,7 segundos.
Apesar de ser uma picape, que costuma ter a traseira mais leve do que o ideal quando não está carregada, a Montana se mostrou bem equilibrada nas curvas, ajudada pelo sistema de controle de estabilidade (ESP), que passou a ser obrigatório no Brasil em 2024.
Além disso, o volante com assistência elétrica transmite sempre segurança em velocidades mais altas e conforto nas manobras de estacionamento.
Interior: um pouco além do básico do conforto
De fato, a Montana LT se mostrou uma picape bem acertada no dia a dia, e isso também inclui o acerto da suspensão, que absorve bem as irregularidades do piso, mesmo com as rodas de aro 17 montadas em pneus de perfil baixo 215/55R 17. Bem acertados também são os freios com discos ventilados no eixo dianteiro e a tambor nos traseiros.
O isolamento acústico também merece ponto positivo, assim como a lista de equipamentos de série, o que inclui ar-condicionado, volante multifuncional, central multimídia com tela de 8 polegadas com acesso à internet via 4G, comandos do veículo que podem ser controlados por meio de aplicativo de celular, controlador de velocidade de cruzeiro ("piloto automático"), acendimento automático dos faróis, entre outros itens.
Quando a questão é consumo, a Montana LT também surpreendeu. De acordo com dados do Inmetro, a picape pode fazer 12 km/l na gasolina na cidade e 13,6 km/l na estrada, números que passam para 8,3 km/l e 9,6 km/l com etanol, respectivamente.
Outros dois pontos que chamaram atenção durante a avaliação da picape Montana LT foram a boa visibilidade, inclusive a proporcionada pelos retrovisores externos e a caçamba, que não é das maiores (874 litros ante 937 litros da Fiat Toro), mas vem com tampa que é aberta suavemente e tem proteção para não arranhar o assoalho.
Veredicto
A Chevrolet Montana LT 1.2 com câmbio manual tem boa relação entre custo e benefício, além de se mostrar a versão mais ágil nas ultrapassagens. Mesmo básica, vem bem equipada e com visual agradável, ainda mais levando em consideração que é a base da linha da picape da GM.
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