Pesquisa nos EUA: carros autônomos podem evitar apenas um terço dos acidentes
Estudo nos EUA revela que veículos desse tipo não são totalmente infalíveis quando o assunto é evitar colisões
Uma das crenças que mais vem sendo propagada a respeito dos veículos autônomos é que eles, quase que magicamente, acabariam com os acidentes de trânsito. Enquanto ainda é cedo para tirar essa conclusão, um levantamento nos EUA revelou que podemos estar muito longe dessa realidade quase utópica.
O IIHS, instituto de segurança viária das seguradoras nos EUA, observou cerca de 5.000 acidentes severos (com acionamento de resgate e necessidade de reboque para o carro) ocorridos em território norte-americano nos últimos anos e constatou que, de todos eles, apenas cerca de 34% poderiam ter sido evitados caso o veículo envolvido fosse dotado de tecnologia de condução autônoma.
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Segundo o IIHS, enquanto 9 em cada 10 acidentes são gerados por erro humano, mas tal erro por parte dos motoristas é apenas um resultado da cadeia de eventos que levou à colisão. Assim, apenas remover o fator humano não eliminará totalmente a ocorrência de acidentes. Para o estudo, o carro autônomo evitaria apenas 34% das colisões “simplesmente por terem uma percepção melhor da situação e não poderem sofrer a influência de substâncias (como álcool, remédios, etc.), como os humanos”.
Mais especificamente, o levantamento mostrou que erros de percepção, como distração ou em decorrência de condições visuais ruins, chegam a apenas 24% dos acidentes, enquanto incapacitação, como por uso de substâncias ou dormir ao volante, formaram 10% do total de colisões entre as 5.000 pesquisadas.
Para a IIHS, ainda é possível que um carro autônomo seja mais eficiente ao evitar um acidentes, mas isso faria com que o veículo precisasse andar mais devagar e de forma mais similar a um humano ao volante. Com isso, a programação teria que priorizar a segurança acima de todos os outros fatores, como comodidade ou conforto.
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