Carro segue na preferência dos brasileiros como meio de locomoção
Levantamento aponta ainda vontade do público em conhecer automóveis elétricos e híbridos
Estudo interessante foi revelado nesta semana pelo Webmotors Autoinsights, o qual fornece um panorama atual sobre as preferências dos brasileiros na hora da locomoção.
Uma das constatações da pesquisa, que envolveu a participação de mais de mil pessoas, é que o uso do carro próprio cresceu na comparação entre os dados de agosto de 2019 com abril de 2021.
De acordo com os dados consolidados, o automóvel como principal meio de locomoção por parte dos entrevistados cresceu de 50% para 56% entre as duas pesquisas.
Uma das razões atribuídas pelos organizadores é a maior preocupação das pessoas com a questão sanitária, em especial para evitar aglomerações.
Enquanto o carro foi a única opção de locomoção que cresceu, as demais tiveram queda ou se mantiveram estáveis.
Transporte coletivo em queda
O uso do transporte coletivo, por exemplo, caiu de 10% para 7% (a maior queda); o uso de moto caiu de 13% para 12%; o uso dos carros por aplicativo de 8% para 7% e o uso das bicicletas próprias de 6% para 5%.
Inclusive, estudos divulgados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, NTU, mostram que o prolongamento da pandemia coloca a saúde financeira do transporte público coletivo urbano sob ameaça já que toda a malha foi fortemente afetada com redução média de 40,8% de passageiros.
Alguns meios de locomoção, entretanto, permaneceram estáveis. Entre eles figuram o deslocamento a pé (12%) e por patinetes (1%). "Um olhar atento aos movimentos apontados pelo estudo mostra que o carro ganhou a preferência das pessoas por conta da segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus, à medida que as pessoas e suas famílias evitam aglomerações em outros meios, como apontado pela queda do uso do transporte coletivo", comenta Eduardo Campos, diretor comercial da Webmotors.
Patinetes e bicicletas compartilhadas
Se, em agosto de 2019, os patinetes e bicicletas compartilhadas eram novidades que ganhavam cada vez mais espaço nas grandes cidades brasileiras e despertavam curiosidade nas pessoas, a pesquisa de abril deste ano mostrou queda de 12% para 5% e de 6% para 3%, respectivamente, na intenção de conhecer os dois meios de transporte.
Mas todas as outras opções também apresentaram quedas: carros por aplicativo (27% para 8%), bicicleta própria (18% para 11%) e até as motos (36% para 20%), embora, neste último caso, a análise geral seja positiva.
O estudo também questionou os meios que os entrevistados "mais gostariam de conhecer" entre diferentes opções. Os carros elétricos e híbridos apareceram como os preferidos e foram mencionados por 26% e 27%, respectivamente, dos participantes.