Ricardo Meier

Comenta o mercado de vendas de automóveis e tendências sustentáveis

Carro elétrico BYD Dolphin vende mais que o Citroën C3 em um mês e causa espanto

Veículo chinês movido a bateria atingiu 3 mil unidades comercializadas, segundo a marca, um volume que o hatch nacional não conseguiu até aqui

Completado o primeiro mês de venda do compacto elétrico Dolphin, a marca chinesa BYD revelou ter comercializado nada menos que 3.000 unidades do modelo, que tem um preço atraente de R$ 149.800.

A marca causa espanto já que se trata de um volume de veículos superior ao que tem vendido o C3, da Citroën. Vale lembrar que o hatch compacto é hoje um dos automóveis mais baratos do país, com preço a partir de R$ 70 mil, ou menos da metade do Dolphin.

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Por enquanto, os números impressionantes de vendas revelados pela BYD não podem ser checados com os emplacamentos de fato já que as entregas do modelo elétrico só começarão de fato no final de agosto, diz a empresa.

BYD Dolphin 2024
BYD Dolphin 2024
Imagem: Divulgação

A BYD, inclusive, os considera como “pedidos firmes”, ou seja, um compromisso de compra sacramentado, mas só será possível registrá-los assim que forem emplacados. Em outras palavras, o Dolphin deverá começar a aparecer no ranking em setembro.

Mas mesmo que fosse menos carros, o Dolphin já teria causado furor. A razão é que o misto de hatch com monovolume parece ser um modelo bem pensado, que equilibra um desempenho respeitável, com bom pacote de itens e um preço bastante atraente para um elétrico puro.

Como AUTOO mostrou, já é possível deixar de lado um SUV compacto em favor do elétrico que, mesmo importado, entrega benefícios mais interessantes que veículos nacionais a combustão.

BYD Dolphin 2024
BYD Dolphin 2024
Imagem: Divulgação

A autonomia de 294 km do Dolphin, por exemplo, é suficiente para se equiparar a alguns carros flex usando etanol. Em outras palavras, viajar para cidades a cerca de 100 km de distância é uma tarefa sem susto, que dispensa paradas para recarga.

E, de quebra, os donos do modelo da BYD não despejarão poluentes na atmosfera como a grande maioria dos veículos que circulam no país.

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A boa estreia do Dolphin também joga luz em uma situação incômoda, a relutância de algumas fabricantes instaladas no Brasil de migrar para tecnologias de propulsão mais limpas. Já passou da hora de se colocar em prática projetos mais sustentáveis e que incluam modelos mais acessíveis e não apenas veículos luxuosos e caríssimos.

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