Carlos Zarlenga, presidente da GM na América do Sul, deixa o cargo de surpresa
Executivo se desligou da montadora de forma inesperada. Segundo empresa, ele busca "outras oportunidades". Roberto Martin, diretor financeiro, assumiu lugar de forma interina
O mercado automobilístico nacional foi pego de surpresa no fim desta quarta-feira, 25, pela saída abrupta de Carlos Zarlenga da General Motors. O executivo argentino ocupava o cargo de presidente da montadora na América do Sul desde abril de 2019, assumido interinamente pelo diretor financeiro Roberto Martin.
Segundo a montadora, Zarlenga deixou a empresa por querer “buscar outras oportunidades”. O anúncio, no entanto, difere de outras sucessões, geralmente planejadas com bastante antecedência.
A saída do argentino de 48 anos surpreende porque sua gestão tem sido bastante elogiada, a despeito dos recentes problemas com falta de componentes, que afetaram as vendas da Chevrolet de forma bastante grave.
Ainda assim, o ex-presidente havia anunciado lançamentos importantes como a nova picape Montana, além de quatro produtos previstos ainda para 2021.
“Carlos tem sido uma força motriz para mudanças, não apenas em nossos negócios, mas na indústria automotiva na América do Sul. Sob sua liderança, a GM está realizando um investimento histórico para fornecer veículos globais e dar seguimento aos mais de 100 anos de sucesso da Chevrolet na região”, disse o presidente da GM Internacional, Steve Kiefer.
O executivo estava prestes a completar 10 anos na GM, contratado em 2012 para ser o diretor financeiro da empresa na Coréia do Sul. Em 2013 foi transferido para a América do Sul como CFO e três anos depois assumiu a presidência da montadora no Brasil em meio à crise econômica.
Em 2017, Zarlenga passou a responder como presidente da região, que inclui Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai, além do Brasil.
Sua carreira profissional tem outra passagem por uma “General”, mas a General Electric, onde permaneceu por 15 anos.