BYD, Volvo e Kia vão manter preços mesmo com imposto mais alto
Alíquota para eletrificados importados subiu no dia 1º, mas marcas ainda não promoveram aumentos
A taxa de importação de carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in subiu na última segunda-feira (1º), mas as montadoras têm preferido manter os preços ao invés de repassar a taxa para os consumidores. A taxação passou a ser de 25% para modelos híbridos, 20% para híbridos plug-in e 18% para carros totalmente elétricos.
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Para evitar aumento de preços, a BYD fez uma operação para importar milhares de carros antes do aumento. Usou até um navio próprio para isso. A estimativa é que até 100 mil unidades tenham vindo para o Brasil, o suficiente para suprir a demanda até o início da produção local em Camaçari (BA).
Já a Volvo, que lançou recentemente o elétrico de luxo mais barato do Brasil, o EX30, prometeu não reajustar os preços neste ano. Em entrevista à revista Uomo, Marcelo Godoy, presidente da montadora, afirmou que a decisão ficará para o ano que vem.
“A gente fez uma composição de preços e já deu o aumento, então na Volvo isso é assunto do passado. Paro ano que vem a gente vai entender como vai se colocar no mercado”, disse.
Outra montadora a se posicionar foi a Kia, que também vai manter os preços atuais de seus elétricos e híbridos —Stonic, Niro e Sportage—, até o final do mês de agosto.
“Tomamos esta decisão com o propósito de continuar atendendo aos clientes tradicionais da marca e também aos novos que almejam alcançar automóveis com mais tecnologia limpa”, argumenta José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil.
Incentivos
O anúncio sobre o aumento dos impostos foi feito em novembro do ano passado como um icentivo à indústria nacional e à criação de empregos no Brasil. A cobrança é gradual desde janeiro deste ano e chegará à sua carga máxima em julho de 2026, com 35%.
Janeiro de 2024 | Julho de 2024 | Julho de 2025 | Julho de 2026 | |
---|---|---|---|---|
Híbridos | 12% | 25% | 30% | 35% |
Híbridos plug-in | 12% | 20% | 28% | 35% |
Elétricos | 10% | 18% | 25% | 35% |
Segundo o governo, a medida foi tomada para "desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país".
Após o anúncio, diversas montadoras anunciaram investimentos no Brasil. A soma já passa dos R$ 82 bilhões. A última foi a GAC, empresa chinesa que pretende fabricar seus carros elétricos no Brasil.
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