BYD já tem data para assumir fábrica que era da Ford na Bahia
Montadora chinesa fala que aumento de impostos para carros elétricos "é boato"
A fábrica que a Ford construiu na Bahia já tem data para chegar às mãos do novo dono. A BYD, fabricante chinesa, diz que assumirá o complexo industrial de Camaçari no próximo dia 9 de outubro em cerimônia que contará com autoridades brasileiras e executivos da empresa, inclusive a vice-presidente global Stella Li.
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A empresa já anunciou o investimento de R$ 3 bilhões para a adaptação da fábrica, que contará com linhas de montagem para 150 mil veículos por ano e um centro de desenvolvimento e pesquisa.
“Teremos o primeiro híbrido plug-in a etanol do mercado”, disse Alexandre Baldy, porta-voz e conselheiro da marca. O executivo, que foi ministro das Cidades durante o governo Michel Temer, disse que a produção deve começar no último quarto do ano que vem.
A previsão volta a ser a mesma inicial, que havia sido adiada para 2025 por causa de problemas burocráticos. O governo da Bahia teve que intervir. Com isso resolvido, volta a projeção inicial.
Baldy disse que já tem acerto com fornecedores que alguns podem também anunciar investimentos na região durante a cerimônia do próximo dia 9.
Além do híbrido plug-in flex, a BYD vai fabricar o hatch elétrico Dolphin e o SUV híbrido Song Plus. “Em uma segunda etapa queremos ter de seis a oito modelos sendo produzidos em Camaçari”, disse Baldy.
Boatos
A pressa para começar a produção local tem nome: aumento de impostos de importação para veículos elétricos. O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, confirmou que existe essa discussão dentro do governo federal.
Baldy, no entanto, disse que por enquanto o assunto é apenas um boato e que trabalha com a continuidade da isenção na categoria.
“Nada formal ou oficial nos foi passado pelo governo e o assunto não está inserido no programa Mobilidade Verde” disse à reportagem do Autoo. “O que sabemos, e foi dito pelo presidente Lula na China, é que o governo estaria comprometido com a descarbonização da mobilidade e que a presença de empresas como a BYD eram bem-vindas”, afirmou.
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