Brasil vai incentivar produção de carros híbridos e elétricos
Veículos verdes, que hoje pagam mais impostos que carros convencionais, ganharão descontos nas taxas após o carnaval
Os carros de baixa ou zero emissão, como modelos com motorização híbrida ou elétrica, vão ganhar incentivos para ficarem mais baratos no mercado brasileiro. Segundo Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), tais medidas serão anunciadas após o feriado do carnaval. O assunto foi um dos temas discutidos na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado requerida pela senadora Ana Amélia (PP-RS) e realizada nessa terça-feira (25).
As ações antecipadas por Moan vão desde o incentivo à importação a produção de carros “verdes” no Brasil. Para isso, será criada uma complementação no programa Inovar-Auto para beneficiar a categoria que gera menos poluição.
De acordo com o presidente da Anfavea, o plano proposta pela Anfavea ao governo prevê três etapas. A primeira propõe a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que atualmente é de 25% para veículos híbridos e elétricos, quase o dobro da tributação cobrada de veículos com motor a combustão no mercado nacional.
Avaliação: Híbrido, Toyota Prius percorre mais de 1.000 km sem reabastecer
O segundo passo, que deve ser realizado em três anos, prevê a nacionalização de componentes para veículos verdes. Já o último ponto, com prazo de mais dois anos, é a fabricação de carros alternativos no Brasil. Segundo Moan, o plano já está adiantado e para ser viabilizado só depende do apoio governamental.
O primeiro carro verde com boas chances de ser nacionalizado é o Toyota Prius, que já é montado em fábricas CKD (kits desmontados importados do Japão) na China e Tailândia. Sem a cobrança do IPI, o preço do híbrido à venda no Brasil poderia baixar dos atuais R$ 120 mil para menos de R$ 100 mil.