AUTOO conta tudo sobre o novo Honda Civic 2017
Honda ignora crise e a décima geração do sedã vai custar entre R$ 87.900 e R$ 124.900
A décima geração do Honda Civic já está entre nós! E dessa vez ela repete o feito que a oitava geração representou para o modelo e traz uma evolução radical para o sedã, inclusive corrigindo muitos defeitos do Civic IX, como o acabamento simples, por exemplo. A Honda mesmo anuncia que este será "O" Civic.
Agora com 4,5 cm a mais na largura e um ganho de 3 cm no entre-eixos, o Civic também está bem mais baixo e invocado. A altura também diminiu e a silhueta cupê 4 portas ressalta a esportividade que sempe foi característica do modelo da Honda, um diferencial para o arquirrival Toyota Corolla. Com uma nova estrutura, o peso diminuiu em 22 kg e a rigidez torcional aumentou em 25%. Para eliminar as críticas de que o porta-malas era pequeno, o novo Civic agora oferece 525 litros de capacidade, espaço que será um dos maiores da categoria.
O espaço traseiro no Civic X está invejável. Mesmo passageiros com 1,85 m verão que sobra espaço para as pernas e ombros. A ideia de “rebaixar” a carroceria faz com que a cabeça dos passageiros não raspe no teto, algo importante ainda mais com a nova proposta do carro. Em contrapartida, o Civic deu aceus ao assoalho traseiro plano. “Como o carro está mais largo e baixo, a medida foi necessária. Inclusive nós colocamos uma peça no centro do carro para aumentar a rigidez e, com isso, o túnel central voltou ao modelo”, explica a assessoria de imprensa da Honda.
Na parte onde a gente não vê, a suspensão mantém a boa combinação de conjunto dianteiro do tipo McPherson e traseira independente multibraço. Um ponto positivo reside na adoção de buchas hidráulicas para a suspensão, um recurso mais sofisticado que melhor o conforto e colabora bastante para reduzir vibrações. A direção, por sua vez, está mais direta promete a Honda, com 2,2 voltas entre batentes contra 3,1 voltas do Civic atual.
Já sob o capô, a estrela do Civic X é o motor 1.5 com turbo de baixa inércia (compacto), injeção direta, comando de válvulas variável e válvula de alívio eletrônica. Ele só vai aceitar gasolina em um primeiro momento e entrega 173 cv a 5.500 rpm e 22,4 kgfm de torque a partir de 1.700 rpm. Ele só vai trabalhar em conjunto com um câmbio automático do tipo CVT (relações continuamente variáveis). As opções mais acessíveis do Civic mantém o motor 2.0 16V flex com o sistema FlexOne que dispensa o uso de “tanquinho” para auxiliar na partida. Ele segue entregando 155 cv a 6.300 rpm e 19,5 kgfm de torque a 4.800 rpm. Assim como no caso do 1.5 turbo, a opção automática passa a ser CVT e há também a opção do câmbio manual com 6 marchas.
Versões na “horizontal”
A Honda anunciou uma estratégia diferente para compor as versões do novo Civic, onde não necessariamente a que tem um nome mais pomposo será a mais cara e por aí vai. De qualquer forma, um passo importante para a marca é que o catálogo de equipamentos do modelo está bem mais completo, algo em que a Honda pecava.
O maior exemplo é verificar tudo o que o Civic traz de série em qualquer uma das versões. A lista é grande, olha só: ar-condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico com função Brake-Hold, controle de cruzeiro, botão ECON de modo de condução econômico, vidros elétricos com função “um toque” para subida/descida em todas as posições, sistema de som com quatro alto-falantes, conexões bluetooth e USB e comandos no volante, câmera para manobras em ré, dentre outros. As versões com transmissão CVT trazem ainda aletas para trocas de marcha atrás do volante.
No campo da segurança, o pacote comum a todas as versões também é condizente com a nova faixa de preço do modelo e inclui: airbags frontais, laterais e de cortina, controle de tração e estabilidade VSA (Vehicle Stability Assist), sistema de partida em aclive (HSA), sistema de vetorização de torque baseado em frenagem Agile Handling Assist (AHA), luz de frenagem de emergência (pisca de forma intermitente em frenagens emergenciais), além de freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), luzes de rodagem diurna (DRL) e lanternas traseiras em LED, faróis de neblina, sistema ISOFIX para fixação de cadeirinhas e aviso de esquecimento dos cintos dianteiros.
O Civic X mais “barato”, por assim dizer, será a inédita versão Sport, que é oferecida somente no Brasil. Ela vai partir de R$ 87.900 com o câmbio manual de 6 marchas, o qual deverá formar uma combinação muito interessante com o motor 2.0 16V. O Civic Sport também será oferecido com o câmbio automático CVT, mas aí o preço sobe para R$ 94.900. Como o nome indica, o apelo da configuração é a esportividade e o apelo visual, com grade frontal em “black piano” e as rodas de liga leve aro 17” escurecidas. Os bancos contam com forração exclusiva em tecido premium na cor preta e ele ainda recebe o velocímetro digital com conta-giros analógico e áudio com tela de 5 polegadas.
Avançando na escala de preço aparece o Civic EX de R$ 98.400, configuração oferecida somente com o motor 2.0 flex e câmbio CVT. Além do que é padrão no Civic e foi citado nos parágrafos anteriores, a versão EX conta com rodas de 17 polegadas com acabamento diamantado e grade frontal cromada. O modelo também recebe retrovisores rebatíveis eletricamente com repetidores laterais integrados em LED, faróis com acendimento automático, bancos revestidos em couro com costuras, velocímetro digital e áudio com tela de 5 polegadas.
Logo depois está a EXL, tabelada em R$ 105.900, que acrescenta ar-condicionado automático de duas zonas, multimídia com tela de 7” touchscreen com navegador e interface para smartphone (Apple CarPlay e Android Auto, também presente na versão Touring), entrada HDMI, duas portas USB, dois tweeters dianteiros e dois traseiros. Além disso, agrega como destaque o painel de instrumentos com tela de TFT de alta definição inédito na categoria.
Por fim, a opção topo de linha e que a Honda vai querer pelo menos colocar uma dúvida nos clientes de Mercedes-Benz, Audi e BMW, será a Touring de R$ 124.900. Além do motor 1.5 turbo e o bom padrão de acabamento, sua lista de equipamentos é bem robusta. Ela é cara, mas sai de fábrica com o sistema LaneWatch, que estreou no Accord e minimiza os pontos cegos por meio de uma câmera posicionada abaixo do retrovisor direito, reproduzindo as imagens na tela central, conjunto óptico dianteiro Full LED (totalmente em LED) incluindo os faróis de neblina, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos dianteiros com ajuste elétrico em oito direções, sensor de chuva, retrovisor interno fotocrômico, teto solar elétrico, sistema de partida por botão no painel ou pelo controle remoto, que permite, também, a entrada e partida do carro sem a necessidade de acionar a chave. O Civic Touring também traz guarnição das portas com acabamento em alumínio escovado e as maçanetas externas cromadas.
O novo Civic chega às lojas a partir do dia 25/8, mas a Honda terá uma campanha de pré-venda a partir do dia 30 deste mês e ele manterá a garantia total por 3 anos. As cores disponíveis serão a Branco Tafetá (sólida), Cinza Barium (metálica), Prata Platinum (metálica) e Preto Cristal (perolizada) e a nova Branco Estelar (perolizada).