Audi desiste de superesportivo elétrico
Antes previsto para 2012, R8 e-tron não será fabricado; marca alega altos custos para produção e venda
A versão elétrica do superesportivo Audi R8 vai virar peça de museu. Segundo Wolfgang Durheimer, chefe de pesquisa e desenvolvimento da marca alemã, a versão e-tron não será produzida em série, como havia divulgado anteriormente a montadora, que planejava lança-lo em 2012. Segundo o executivo, a produção exige altíssimos custos, o que inviabilizaria a venda do modelo para o público final - o carro seria mais caro que o R8 convencional.
O ponto mais caro do R8 e-tron é seu conjunto de baterias com 530 células. Todavia, a Audi aprendeu diversas lições com o projeto, como a evolução nos chassis de alumínio e a tecnologia de frenagem eletronica, recursos que pode aparecer em carros da marca.
De acordo com Durheimer, o R8 e-tron ainda não obedece às demandas de clientes que almejam ter um automóvel elétrico. “Primeiro você precisa ter a mobilidade diária, depois é preciso ser capaz de terminar a viagem em qualquer situação, garantindo a confiabilidade. Por fim, o veículo não pode ter problemas como a capacidade de bagagem reduzida ou assentos suprimidos para a instalação de baterias”, explicou o diretor.
O R8 e-tron, segundo dados da Audi, não é só uma versão elétrica do R8 convencional. O carro teve de ser desenvolvido desde sua plataforma ao conjunto mecânico. A estrutura do veículo é toda de alumínio e pesa apenas 200 kg. Com os outros componentes inclusos, o peso completo chega a 1.600 kg. A motorização definitiva, porém, ainda não foi confirmada pela marca. Na versão conceitual, o propulsor gerava 313 cv e surreais 458 kgfm de torque.