Atritos internos teriam derrubado presidente da GM
Maus resultados dos últimos meses também foram apontados como uma das razões da saída de Denise Johnson
O cargo de presidente da GM brasileira costuma ver seu ocupante permanecer durante anos numa espécie de mandato. Também é comum que os executivos que o ocuparam acabem assumindo posições mais relevantes na empresa – houve um período inclusive em que alguns deles, como Rick Wagoner e Frederick Henderson, viraram CEO mundiais da montadora.
E tem sido assim até Denise Johnson. A primeira mulher a ocupar o posto no Brasil acaba de quebrar essa tradição ao sair da GM de modo repentino. Prestes a lançar diversos modelos no mercado, o momento seria de otimismo mas, segundo pessoas de dentro da montadora, Denise teria entrado em choque com Pedro Manuchakian, responsável pela engenharia, ao querer alterar os projetos em desenvolvimento na empresa, como o Ônix, sucessor do Celta e Prisma, e GSV, um sedã que entrará no lugar do Corsa. Apesar de ter um cargo inferior, Manuchakian responde diretamente à sede americana. Em entrevista ao AUTOO, a ex-presidente revelou preocupação em melhorar a qualidade dos carros já que "o público brasileiro tem ficado mais exigente a cada ano".
Além disso, os resultados negativos nas vendas nos últimos meses teriam sido a gota d´água na demissão da executiva americana que já deixou o Brasil, inclusive. Agora Jaime Ardila, presidente da GM para América Latina, corre para colocar os projetos nos eixos novamente enquanto um substituto não é indicado pela matriz em Detroit.
No comunicado oficial da GM, Denise saiu por vontade própria e por motivos pessoais. Os próximos meses indicarão, afinal, se a curta gestão da engenheira Denise foi realmente uma decepção.