Após inferno astral, Chevrolet volta a recuperar vendas
Emplacamentos do Onix, Onix Plus e do Tracker voltam a dar sinais de alta após um longo período com produção suspensa no Brasil
Desde janeiro, o Onix, carro mais vendido do Brasil em 2020, só experimentou quedas consecutivas nos emplacamentos neste ano, mas algo mudou em setembro, finalmente. Até a sexta-feira (10), o hatch compacto já havia somado 1.280 unidades vendidas, mais de três vezes o volume de agosto.
O sedã Onix Plus segue o mesmo roteiro, acumulando 929 unidades emplacadas neste mês, 350% a mais que no período anterior. Enquanto isso, o SUV Tracker já havia retomado um fluxo crescente de vendas em agosto quando teve 1.293 emplacamentos. No entanto, em setembro já foram 1.279 unidades em 10 dias, mostrando que a Chevrolet deverá encerrar neste mês o ‘inferno astral’ vivido desde o começo do ano.
Em agosto, a montadora anunciou a retomada da produção das duas versões do Onix com apenas um turno, mas o suficiente para começar a dar conta dos pedidos pendentes.
De fato, se analisarmos a média diária absoluta de emplacamentos, a GM estava num patamar bem acima dos últimos meses. Eram 470 unidades vendidas diariamente, incluindo os finais de semana, numa conta que não é a usual no mercado (que considera apenas os dias úteis), mas serve de parâmetro para constatar sua recuperação (veja quadro).
Vale observar que a situação continua bastante aquém dos tempos normais e certamente levará muito tempo para que se restabeleça a oferta pré-pandemia. A razão é que a falta de componentes eletrônicos, motivo pelo qual a General Motors teve de suspender a produção em várias fábricas por um longo período, continua afetando a indústria automobilística mundial.
Mas tudo leva a crer que o pior passou para a Chevrolet. No mês passado, ela registrou menos de 9 mil emplacamentos, um volume tão baixo que a fez cair para a 6ª posição no ranking, atrás da Fiat e Volkswagen, mas também superada por Toyota, Hyundai e Jeep.
Mantido o atual ritmo, a montadora deverá fechar setembro acima das 15 mil unidades – até aqui foram 5,2 mil carros. Enquanto manteve Gravataí e São Caetano de ‘molho’, a GM acabou dependendo da produção do Cruze na Argentina e da S10 e TrailBlazer, em São José dos Campos.
Somados, os quatro modelos representaram mais de 72% das suas vendas, um fardo que, pelo jeito, será aliviado neste mês.
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