Anfavea revê projeções para 2024 e defende alta no imposto de importação imediata

Entidade agora diz que vendas de automóveis e comerciais leves serão 10,9% maiores em 2024
Fábrica da Chevrolet em São Caetano do Sul (SP)

Fábrica da Chevrolet em São Caetano do Sul (SP) | Imagem: Divulgação

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) decide rever as projeções para 2024 com o fechamento do primeiro semestre. De acordo com a entidade, as vendas de automóveis e comerciais leves devem subir 10,9% este ano em relação a 2023. Anteriormente, havia sido previsto uma alta de 6,1%. 

VEJA TAMBÉM:

Com isso, a Anfavea acredita que fecharemos 2024 com um volume de 2,560 milhões de automóveis e comerciaisleves vendidos. O mercado está bem próximo do volume que se verificava antes da pandemia. Porém, ainda segundo a entidade, boa parte desse crescimento vem sendo absorvida por veículos importados, em especial da China.  

No primeiro semestre o Brasil teve quase 200 mil emplacamentos de modelos importados, 38% a mais que no mesmo período do ano passado.  Dessas 54,1 mil unidades a mais,78% foram de origem chinesa. Ou seja, modelos importados vindos da China tiveram uma alta de 449% nas vendas no primeiro semeste de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. 

Importados de marcas chinesas 

Detalhe da fábrica da Vauxhall em Eisenach, Alemanha
Com  queda nas exportações e alta das importações, indústria nacional tem 45% de ociosidade
Imagem: Divulgação

Por causa desse grande avanço nas importações de modelos vindos da China, a Anfavea defende a urgente elevação do imposto de importação de modelos elétricos para 35% , como ocorre com outros modelos importados. "Mesmo assim, seria um patamar relativamente baixo frente ao de outros mercados importantes”, explicou o Presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite. 

Ainda de acordo com Leite, "no momento de transição, se o Brasil não rever isso imediatamente, corremos o risco de impacto com fechamento de fábricas no segundo semestre", frisou, ao lembrar que a produção das montadoras brasileiras está estagnada, mesmo com o crescimento de 14,6% das compras de veículos no Brasil durante o primeiro semestre.

A Anfavea levou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), um pedido para antecipar em dois anos a cobrança da alíquota de 35% do imposto de importação sobre carros híbridos e elétricos.

O imposto sobre as importações de eletrificados voltou a ser gradualmente cobrado em janeiro, com alíquotas que variam a depender da tecnologia. A previsão é que elas atinjam para 35% em julho de 2026. Mas, as fabricantes instaladas no Brasil querem a volta urgente da alíquota máxima.

Siga o AUTOO nas redes: WhatsApp | LinkedIn | Youtube | Facebook | Twitter

Carlos Guimarães

Jornalista há mais de 20 anos, já acelerou várias novidades, mas não dispensa seu clássico no final de semana

Recomendados por AUTOO

Youtube
Novo T-Cross ou o tradicional Renegade?

Novo T-Cross ou o tradicional Renegade?

Veja qual dos SUVs se sair melhor no nosso comparativo
Aviação
Portugal vai comprar o Embraer A-29 Super Tucano

Portugal vai comprar o Embraer A-29 Super Tucano

Força Aérea do país será primeira cliente da versão do turboélice feita para a OTAN
MOTOO
Bajaj inaugura fábrica no Brasil

Bajaj inaugura fábrica no Brasil

Uma das maiores montadoras do mundo, a gigante indiana construiu fábrica própria em Manaus para produção de motocicletas