Anfavea projeta ''ano de discreta melhora'' para 2022

Para associação das montadoras, 2021 ficou ''aquém do potencial de demanda interna e externa por veículos''
Indústria

Indústria | Imagem: Divulgação

A Anfavea, associação que reúne as fabricantes automotivas instaladas no Brasil, realizou nesta sexta-feira (7) sua primeira coletiva do ano, trazendo um resumo sobre a produção do setor em 2021 e as perspectivas para este ano. 

Segundo a entidade, ao longo de 2021 ocorreu uma “ligeira melhora na comparação com o crítico ano de 2020, mas ainda aquém do potencial de demanda interna e externa por veículos”. 

A Anfavea destaca que dezembro foi o melhor mês de 2021 em termos de produção, com 210,9 mil veículos produzidos. Com isso, o ano fechou com 2.248,3 mil unidades saindo das fábricas, alta de 11,6% sobre 2020. 

No ranking global de produtores, o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha. Para 2022, a expectativa é de um aumento de 9,4% na produção, com 2,46 milhões de unidades produzidas.

Sobre o nível de emprego do setor,  as vagas diretas em fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram ligeira queda em relação a dezembro de 2020, no caso de 0,2%. O setor fechou o ano com 101,1 mil empregados. O quadro é de estabilidade, apesar do fechamento de algumas fábricas no início de 2021 e das constantes paradas de produção em função da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem. 

Para 2022, a expectativa da Anfavea é de um “otimismo moderado”. 

Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus funcionários nesses dois anos de crise, mitigar perdas e manter investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, destacou. “Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, declarou Luiz Carlos Moraes, presidente da associação. 

No cenário econômico desenhado pela Anfavea, o PIB brasileiro deverá crescer por volta de 0,5%, com destaque para o setor do agronegócio. A taxa básica de juros da economia (Selic) está projetada em 11%, enquanto a inflação deverá fechar acima da meta (3,5%) em 2022. O dólar, na análise da Anfavea, deverá gravitar na casa de R$ 5,50 em um cenário de bastante volatilidade.  

Como desafios para este ano, a Anfavea aponta as eleições, a questão do equilíbrio fiscal do país, a fragilidade do mercado de trabalho, questões logísticas e de oferta de insumos, a extensão da crise sanitária e, por fim, os aumentos de custos, câmbio, juros e carga tributária.

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