Análise: Jeep Avenger, SUV menor do que o Renegade, faria sentido no Brasil?
Modelo de entrada da marca na Europa conta com opções elétrica e a combustão
Projeto há muito tempo aguardado, o Jeep Avenger foi finalmente revelado em setembro deste ano e apresentado ao público pela primeira vez neste mês durante o Salão de Paris, sendo um dos destaques da mostra francesa.
Produto concebido dentro da forte integração das marcas que compõem a Stellantis, o Jeep Avenger pegou emprestado a plataforma CMP desenvolvida pelas francesas Peugeot e Citroën para se tornar o modelo de acesso da Jeep na Europa, sendo menor e mais acessível em relação ao Renegade.
Mas será que tal modelo faria sentido aqui no Brasil?
Em 2019, quando o Jeep Avenger era conhecido como o projeto 526, o AUTOO teve a oportunidade de conversar com uma fonte ligada à Stellantis, a qual descartou qualquer possibilidade de nacionalização do SUV.
“Ocorreria sobreposição com modelos da Fiat, por isso ele não deverá ser feito aqui”, explicou nosso contato.
Três anos depois de nossa apuração sobre o assunto, a explicação citada anteriormente fica ainda mais clara em especial considerando a inclusão de modelos como o Pulse na gama Fiat, produto que desempenha hoje no Brasil uma função semelhante a que caberá ao Jeep Avenger na Europa.
Por lá, o SUV contará com as opções de propulsão térmica, oferecendo o motor 1.2 turbo sob o capô, bem como a variante 100% elétrica, com autonomia que gravita em 400 km.
De forma oficial, a Stellantis adiantou que, além da Europa, o Avenger será comercializado em países como Japão e Coreia do Sul.
Não devemos descartar a possibilidade, entretanto, do Avenger 100% elétrico ser importado Brasil e demais mercados da América do Sul, caso a Jeep entenda ser interessante atuar nesse nicho por aqui.
Como o Avenger elétrico contaria com preço elevado em nosso país, não ocorreria nenhum problema de sobreposição com outros produtos da Stellantis.
Além disso, ao menos por enquanto, não contamos no Brasil com um SUV pequeno com tal sistema de propulsão, o que justificaria o esforço para comercializar o modelo por aqui. Resta saber, contudo, se a ideia é viável do ponto de vista financeiro para a empresa.