Além de BYD, GWM e Caoa Chery quais marcas chinesas podem fazer sucesso no Brasil?

A "invasão chinesa" pode ser maior do que se imagina se as mudanças nas regras atuais não atrapalharem
Exceed RX

Exceed RX | Imagem: Divulgação

Com o recente sucesso das marcas chinesas BYD, GWM e Caoa Chery no Brasil, outras fabricantes da China também estão de olho  no mercado brasileiro, que vem vivendo um reviravolta que não está agradando muito as fabricantes tradicionais instaladas no país há décadas.

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Não é à toa que está em discussão o fim da isenção de imposto de importação para carros elétricos no Brasil, entre outras questões. Segundo dados da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a participação de carros da China na América Latina saltou de 4% para 21% em 10 anos.

A entidade defende o aumento do imposto de importação para elétricos de forma gradativa até chegar nos 35%, o mesmo patamar dos modelos apenas a combustão.  De qualquer forma, o governo  brasileiro já sinalizou a intenção de retomar o imposto de importação para elétricos e híbridos mas sem entrar em detalhes.

A saga chinesa

Omoda, Jaecoo e Nio
Omoda C5 no alto à esquerda, Jaecco J7 ao lado e o Nio et5 embaixo são novos modelos chineses com potencial no Brasil
Imagem: Divulgação

Portanto, se as atuais regras do jogo não passarem por uma reviravolta existem algumas  novas marcas chinesas podem desembarcar no Brasil com boas  chances de sucesso, uma vez que o brasileiro já não tem mais receio de levar para casa os antes chamados carros "xing ling", que evoluíram bastante nos ultimos anos e hoje representam até um certo status para quem os dirige.

O próprio Grupo Caoa vem estudando trazer três novas marcas chinesas ao Brasil:  Exeed, Omoda e Jaecco. A primeira delas tem um projeto que inclui a oferta de modelos híbridos pliug-in e totalmente elétricos. Todos têm  tecnologia de ponta, com o que há de mais avançado. Há chances da marca estrear no país já no ano  que vem com o SUV RX, que vem com teto solar panorâmico, piloto automático adaptativo, assistentes eletrônicos de condução e amortecedores adaptativos.

No caso da Omoda, a intenção é estrear com o SUV C5, um utilitário esportivo que pode ser vendido nas versões híbrida plug-in, elétrica ou a combustão, essa última com motor 1.6 turbo, na faixa dos 150 cv. Além dele a fabricante também pode lançar outros dois carros no Brasil até o  fim do ano que vem, mas isso tudo ainda está em estudo.

A marca chinesa Jaecco, assim como a Exceed, também tem como  foco os modelos mais sofisticados e  pensa em lançar no Brasil o J7, com sete modos de condução e capacidade de atravessar trechos alagados com até 60 cm de altura de água.

A Seres já está no Brasil, mas ainda em uma fase inicial. Lançou o SUV elétrico Seres 3, mas a meta até o o final do ano, a meta é lançar mais quatro veículos: três elétricos e um híbrido. O Seres 3 é equipado com um motor elétrico no eixo dianteiro, que desenvolve 163 cv e 30,6 kgfm de torque, suficientes para ir de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. 

Ainda não há nada certo, mas outra marca chinesa que faria sucesso no Brasil seria a Nio, considerada a "Tesla chinesa". Trata-se de uma marca premium que ainda precisa de tempo para ficar conhecida no mercado e conseguir desbancar as tradicionais fabricantes europeias. Tem na manga um desempenho excelente das baterias, softwares sofisticados e muita praticidade. 

Agora resta aguardar para vermos se todo o potencial das marcas chinesas vai continuar rendendo futos no Brasil. Desta vez, elas estão muito melhor preparadas do que há dez anos, quando veio o "Super  IPI",  não apenas com capital, mas também com produtos de qualidade e muita eficiência. 

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Carlos Guimarães

Jornalista há mais de 20 anos, já acelerou várias novidades, mas não dispensa seu clássico no final de semana