50 anos do Golf: veja a história de um dos clássicos mais icônicos da Volkswagen
Hatch foi lançado em 1974 na Alemanha, mas no Brasil só chegou 20 anos depois e mais tarde nacionalizado
Há 50 anos, estava saindo da linha de montagem de Wolfsburg, Alemanha, o primeiro Golf, um hatch que tinha como missão “aposentar” o Fusca, outro grande sucesso da Volkswagen.
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Seguindo a nova tendência, o novo carro seguia o conceito do Passat, lançado um ano antes (1973), que motor refrigerado à água, tração dianteira, além da moderna suspensão traseira por eixo de torção.
O “mestre de obras” deste projeto era ninguém mais que o designer italiano Giorgetto Giugiaro, responsável por assinar alguns dos mais importantes projetos da Alfa Romeo e da Ferrari.
Com linhas angulosas e inconfundíveis como os traços destacados pela característica coluna C mais larga, rapidamente o Golf se tornou um sucesso de vendas.
De acordo com a VW, o primeiro milhão de unidades foi vendido já dois anos após o seu lançamento, em 1976. Atualmente o hatch está em sua oitava geração e, desde então, já são mais de 37 milhões de veículos produzidos.
Primeira geração: 1974
Foi nesse ano que a marca apostou na versão de maior sucesso do Golf, a GTI, lançada com motor 1.6 com injeção e 110 cv. Versões a diesel e conversível também foram oferecidas. Entre 1984 e 2009, o modelo chegou a ser fabricado também na África do Sul.
Custando ao preço de 13.850 marcos alemães, o plano inicial era fabricar 5.000 unidades do Golf GTI Mk1 para recuperar o custo de desenvolvimento e o investimento em equipamentos de produção, mas o sucesso foi tanto, que acabaram resultando em 461.690 unidades findando o primeiro capítulo dessa história.
Segunda geração: 1982
Com maior espaço interno, essa geração ganhou pela primeira vez freios antitravamento ABS, direção assistida e tração integral. No entanto, o modelo manteve alguns elementos específicos da GTI como a faixa vermelha na grelha do radiador e os bancos desportivos xadrez.
Em 1984, a potência do veículo caiu de 112 cv para 107 cv como resultado da introdução do conversor catalítico. Porém, após dois anos, a Volkswagen compensou a perda de potência com um novo motor de 16V gerando 129 cv incluindo conversor catalítico, que quase igualou a agilidade do GTI original (139 CV sem conversor catalítico). Em 1990, o supercharger G-Lader do Golf GTI G60 aumentou sua potência para 160 cv.
Terceira geração: 1991
Foi a partir dessa safra que o Golf estreava o motor de seis cilindros, algo inédito para o segmento. Batizado de VR6, esta unidade de 2,8 litros rende 174 cv e se tornou um dos objetos de colecionadores mais disputados. Foi a partir dessa geração também que o público veria as bolsas infláveis frontais e, mais tarde, laterais, além de outras novidades como motor a diesel com injeção direta e freios ABS de série em 1996.
Essa linhagem também ficou conhecida por ser a primeira a ser importada do México e da Alemanha para o Brasil no ano de 1994. Por aqui, chegaria inicialmente GTI só com duas portas e mais tarde veio a espartana GL com motor 1.8 com injeção monoponto e 90 cv e a intermediária GLX com o mesmo propulsor da GTI (2.0 de 114 cv), ambas oferecidas somente com quatro portas.
Quarta geração: 1997
O Golf Mk4 foi introduzido em 1997, que além da configuração sedã (VW Bora ou, na América do Norte, novamente VW Jetta), lançada em 1998, em 1999, pela primeira vez chegava a perua Golf (Variant). Como não poderia faltar, havia a conversível também, presente desde a primeira geração em várias configurações e vendida em várias versões conforme o mercado.
No Brasil, o modelo foi importado da Alemanha em 1998, em apenas três versões: 1.6 equipado com motor SR de 101 cv, 2.0 com 116 cv e a GTI com motor turbo 1.8 20V de 150 cv, todas só com quatro portas. A esportiva saiu de linha em 2009.
Na Europa e EUA, novos modelos de alto desempenho incluíam o Golf "R32" com tração nas quatro rodas e motor VR6 de 3,2 litros lançado em 2002.
Curiosamente, enquanto outros mercados receberam a sexta geração, por aqui, nos contentamos com um facelift (Mk4.5) adotado em 2007 e que foi estendido até 2013.
Quinta geração: 2003
Na Europa, o Golf seguia totalmente renovado e com novas tecnologias e recursos que deram ao famoso hatch mais segurança e agilidade. Entre eles, podemos destacar a adoção de suspensão traseira independente multibraço, câmbio de dupla embreagem DSG de sete velocidades, motor turbo com injeção direta e 200 cv no GTI, turbo e compressor associados no Twincharger, entre outras melhorias.
Sexta geração: 2008
A sexta geração foi uma reestilização tendo como base a mesma plataforma PQ35 do modelo da quinta geração.
Dependendo do mercado, o hatch ganhou novos recursos como bolsa inflável para os joelhos do motorista, assistente de estacionamento e controle eletrônico de amortecedores e motores diesel turboalimentados com injeção direta common rail no lugar do antigo recurso de unidade injetora Pumpe Düse (PD).
Outra grande novidade foi o sistema Volkswagen Adaptive Chassis Control opcional (não disponível no mercado norte-americano), que permite ao motorista selecionar entre os modos normal, conforto e esportivo, que mudava a altura da suspensão, endurecimento da direção, e comportamento do acelerador de acordo com a necessidade e gosto do motorista.
Sétima geração: 2012
Estreado em setembro de 2012 no Salão Automóvel de Paris, o Golf dessa geração foi totalmente reformulado incluindo a nova plataforma modular denominada de MQB a qual possibilitou construir outros modelos de tamanhos e segmentos diferentes do grupo VW.
Entre outras melhorias, o hatch recebeu novos motores turbos como o 1.4 de 140 cv e o 2.0 de 220 cv reservado para a GTI, variantes que foram importadas da Alemanha para o Brasil. Em outros países, os mais afoitos poderiam encomendar a topo de linha R equipada com propulsor também turbinado, mas com potência de 300 cv. Versões elétrica e híbrida também compõem a linha. No Brasil, em especial, chegou do México, pela primeira vez, o Golf Variant que substituiu a Jetta Variant em 2015, equipada só com motor turbo 1.4 de 140 cv que mais tarde ganhou motor flex que deu mais 10 cv ao modelo e câmbio DSG de sete velocidades.
Oitava geração: 2020
Enquanto toda a linha Golf deixou de ser importada para o Brasil, incluindo a híbrida GTE, em 2020 o veículo deu continuidade a sua trajetória.
A plataforma continuava a modular MQB, porém atualizada e pronta para montar as opções de motores compactos a gasolina, diesel e híbridos. O hatchback era a única opção disponível e até nos mercados mais diversificados, as opções de duas portas não eram mais aceitas, devido às vendas fracas.
Além de novos sistemas tecnológicos adotados como display do motorista totalmente digital e painel de controle digital, a linha recebeu recursos avançados de segurança disponíveis, como assistência de viagem, Car2X e função de frenagem para veículo em sentido contrário, sendo os dois últimos os primeiros a serem usados em um modelo de produção da Volkswagen.
No conjunto motriz, agora havia três motores híbridos moderados ETSI e dois híbridos híbridos plug-in, além das opções existentes de gasolina TSI, diesel TDI e gás natural comprimido (GNC) TGI. Na ala dos esportivos, a linha foi complementada pelos GTE, GTI, GTD e Golf R. Já o 100% elétrico e-Golf oferecido anteriormente na sétima geração foi substituído pelo ID.3.
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