1.0, 1.6 MSI, Comfortline, Highline... qual versão do novo Polo escolher?
Modelo, um dos principais lançamentos de 2017, chega ao mercado com um custo-benefício interessante
É inegável que muita gente adora tomar a dianteira quando um produto novo é lançado e sente orgulho em ser um dos primeiros a exibi-lo por aí. Que o digam as filas a cada lançamento de um novo iPhone, por exemplo, e outros gadjets modernos que viraram sonho de consumo.
Com os carros não é muito diferente, tanto que muitas fabricantes estão explorando cada vez mais a estratégia comercial de investir em pré-vendas para seus lançamentos. Foi o que a Renault fez com o Kwid e é o que a Volkswagen também adotou para o recém-chegado Polo 2018.
Mas é claro que muitos consumidores ficam com algumas dúvidas sobre qual é a versão mais interessante do hatch para adquirir no momento, ainda mais porque nem toda a rede conta com o modelo em exposição no momento e sequer o test-drive pode ser realizado.
Pois bem, começando pela versão de entrada do hatch, o Polo 1.0 pode parecer caro, mas ele mostra-se uma boa compra dentro do segmento. Ele parte de R$ 49.990 e traz o que se espera de um modelo da categoria no novo Polo, com ar-condicionado, direção elétrica, quatro vidros elétricos, travamento central e o importante reforço dos 4 airbags de série. No caso do Polo de entrada, o sistema de som é composto pelo rádio “Media Plus”, com Bluetooth, MP3 Player, entradas USB, auxiliar e para SD-Card, porém ainda não oferece a desejada tela de uma central multimídia, algo que os consumidores valorizam cada vez mais.
Você pode acrescentar a central multimídia com espelhamento para smartphones para o Polo 1.0, o que eleva o preço do hatch para R$ 53.040 dentro do “connect pack”. Só que “de brinde” o pacote o obriga a levar os controles de tração e estabilidade, rodas de liga leve aro 15” e o volante multifuncional. O preço do conjunto de opcionais, de qualquer forma, não deixa de ser convidativo pelo que acrescenta ao carro.
Só que olhando para o mercado você encontra o Fiat Argo Drive 1.0 partindo de R$ 46.800. Se você colocar a central multimídia no Fiat, que traz funcionalidades semelhantes às do Polo 1.0, ainda é possível acrescentar também no Fiat o “kit parking” (câmera de ré mais sensor de estacionamento, dois recursos que você não vai encontrar no Polo 1.0) e o “kit convenience”, que agrega ao modelo os retrovisores elétricos com tilt down e os vidros elétricos traseiros.
Com tudo isso, o Argo Drive 1.0 alcança o preço total de R$ 51.700, portanto uma diferença de R$ 1.340 para o Polo 1.0 também todo equipado. Só que apesar de parelhos em termos de conforto, o nível de seguança que o Polo 1.0 oferece nesse caso é muito maior e mais do que justifica esse investimento extra para levá-lo para casa. No Argo Drive 1.0 você não encontra os airbags laterais como opção (disponíveis somente a partir da versão Precision) e nem os controles de tração e estabilidade. Portanto, ponto positivo para o Polo na comparação com o rival direto. De qualquer forma, é bom que se diga, o start-stop presente como item de série no Argo Drive 1.0, sistema que desliga o motor quando o carro encontra-se parado, ajuda o Fiat entregar um consumo bem melhor, com médias de 14,2 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada, enquanto o Polo 1.0 fica em 12,9 e 14,3 km/l, respectivamente, ambos com gasolina.
Subindo na gama Polo chegamos à versão 1.6 MSI, talvez aquela que podemos classificar como a intermediária para o modelo. O preço do Polo nessa configuração é mais interessante até mesmo que o da versão de entrada, sendo que vale a pena você investir os R$ 54.990 nessa versão em relação ao 1.0 aspirado pelo desempenho superior que o 1.6 16V de até 117 cv lhe entregará, sobretudo se você vai usar o Polo como o carro para transportar toda a família.
Colocando o mesmo “connect pack” citado para o Polo 1.0, o preço do Polo 1.6 MSI alcança R$ 57.590, considerando sempre as cores sólidas sem qualquer custo adicional. Novamente temos aqui um bom custo-benefício para o Polo 1.6 MSI, a melhor escolha que você pode fazer hoje no segmento de hatches compactos até R$ 60.000. Um Argo Drive 1.3 todo equipado só traz como diferenciais a câmera de ré com sensor de estacionamento, porém seu preço atinge R$ 58.400 e ele não oferece o mesmo nível de segurança que o Polo 1.6 MSI com os opcionais. Novamente, graças ao start-stop, o Argo 1.3 se sai ligeiramente melhor no consumo, com médias de 12,9 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada, ambas com gasolina, enquanto o Polo fica em 12 e 13,9 km/l, respectivamente.
Só que a análise fica mais interessante quando partimos para as duas versões de acabamento superior no novo Polo 2018, no caso a Comfortline e a topo de linha Highline. Só nelas você encontrará a opção do câmbio automático de 6 marchas, tipo de transmissão cada vez mais desejada em qualquer segmento e, por isso, as duas configurações deverão registrar a maior procura também no caso do novo Polo.
Aqui vale a pena uma observação interessante que abordaremos mais para frente. O Polo Comfortline 200 TSI (lembrando sempre que a designação “200” é uma referência ao torque do modelo em Nm) já traz um bom pacote de itens de série, com destaque para a central multimídia com espelhamento para smartphones, os controles de tração e estabilidade com bloqueio eletrônico de diferencial, rodas de liga leve aro 15”, além dos 4 airbags presentes em todas as versões, dentre outros. Ela é a versão mais interessante para o novo Polo 2018 sobretudo levando em consideração o preço tabelado de R$ 65.640. Além do bom nível de itens de série, o ponto forte vai para a alta eficiência do motor 1.0 TSI, que, graças ao turbo e a injeção direta, consegue levar o Polo Comfortline de 0 a 100 km/h em bons 9,6 segundos e entregar consumo médio de 11,6 km/l na cidade e até 14,1 km/l na estrada com gasolina. Um Argo Precision 1.0 automático, além de mais caro (R$ 67.800), não entrega os mesmos números de consumo (10,1 e 13,2 km/l, respectivamente).
Lembra da “observação importante” que citamos anteriormente? Pois bem, sua razão será explica agora. Se você quer um Polo mais equipado, lembrando que a Volkswagen preparou um nível interessante de recursos de conforto e tecnologia para ele, nesse caso vale a pena partir de vez para a opção Highline.
Ela é tabelada em R$ 69.190, mesma faixa de valor que você pagaria para equipar o Polo Comfortline com recursos como a chave presencial com partida por botão, ar-condicionado automático digital, controlador automático de velocidade, rodas de liga leve aro 16”, dentre outros. Só no Polo Highline, de qualquer forma, você encontrará o revestimento interno de couro (R$ 800) e uma das atrações para o modelo que é o painel de instrumentos digital. O recurso está disponível no “technology pack” de R$ 4.500 oferecido com valor promocional durante o período de lançamento do novo Polo. Considerando os dois opcionais citados aqui, o valor do Polo sobe bem, atingindo R$ 74.590. Porém, além do painel de instrumentos digital, o hatch ganha o reforço da central multimídia com navegador integrado e câmera de ré, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve aro 17”, dentre outros.
Interessante destacar no caso do Polo 2018 é que a Volkswagen, apesar de manter a política de opcionais distribuídos sempre em pacotes, os valores dos mesmos não estão abusivos e permite aos interessados no modelo ou em um hatch de maneira geral, ter acesso a mais recursos de tecnologia.
Em resumo, sem sombra de dúvida a opção mais equilibrada e interessante do novo Polo reside na versão Comfortline 200 TSI sobretudo ao combinar o excelente motor 1.0 TSI com a transmissão automática. Nela você também terá acesso a alguns equipamentos de tecnologia que diferenciam o Polo dentro do segmento, mas, pensando na hora da revenda, se você deseja acrescentá-los ao hatch, é mais interessante partir para a versão topo de linha Highline. O motivo é que no momento de calcular a desvalorização de um modelo, os institutos de pesquisa levam em consideração o valor do carro básico dentro de determinada configuração, logo, ao rechear de opcionais determinada versão, muitas vezes você não tem o retorno esperado na hora da revenda. Você pode ter um ganho em liquidez, ou seja, os opcionais podem agilizar a venda do carro, porém se você deseja um carro com nível de equipamentos mais elevado, vale a pena optar pela versão mais condizente com aquilo que você procura.