Teste: Nissan Kicks 1.6 S manual

Avaliamos a versão mais acessível do Nissan Kicks, que traz câmbio manual de 5 marchas
Nissan Kicks 2018

Nissan Kicks 2018 | Imagem: Divulgação

É consenso: a partir do segmento de médio porte (e mesmo entre os hatches compactos mais caros), o câmbio automático começa a tornar-se unanimidade entre os consumidores. O trânsito pesado dos grandes centros urbanos, a maior eficiência que muitos deles permitem atingir e até mesmo pelo maior nível de conforto que proporciona, o sucesso das transmissões automáticas é facilmente compreendido. Mas existe espaço para um SUV compacto moderno, como é o caso do Nissan Kicks, contar com uma versão que utiliza câmbio manual?

Segundo Juliana Fukuda, gerente de marketing da fabricante, a estratégia do Kicks de entrada é proporcionar aos consumidores a possibilidade de entrar no mundo dos cada vez mais desejados SUVs compactos. “É claro que existe um público que ainda tem preferência por carros manuais, mas a estratégia com o Kicks S manual é que ele funcione não só como uma porta de entrada para o modelo, mas também para o segmento em si. Como ele custa menos que o automático, isso é um fator decisivo”, explica a executiva.

A nova versão manual deverá responder por cerca de 10% das vendas do Kicks, em especial graças ao convidativo valor de R$ 70.500. Com isso, o Kicks S manual é um dos SUVs compactos mais baratos do segmento, já que um Ford EcoSport SE 1.6 parte de R$ 72.800, o Jeep Renegade 1.8 custa R$ 72.990 e um Hyundai Creta Attitude 1.6 exige que você gaste R$ 73.990 para estacioná-lo na garagem. Todos os valores citados são das versões com câmbio manual.

Até mesmo para deixar o preço mais convidativo, a Nissan retirou vários itens do Kicks S manual, como as rodas de liga leve. Ao menos se você quiser os importantes controles de tração e estabilidade é possível optar pelo “Pack Safety”, que eleva o preço do modelo para R$ 71.700, o que, na nossa opinião, é um excelente investimento e mesmo assim ainda deixa o preço do Kicks S manual bem cativante.

Convenhamos que não foi muito difícil para a Nissan trabalhar em seu Kicks manual, que basicamente usa o mesmo conjunto aplicado no March e Versa com a transmissão de 5 marchas. Como é comum nos carros japoneses com esse tipo de câmbio, a caixa manual oferece engates bem precisos, porém a avalanca, bem como o pedal de embreagem, poderiam ser ligeiramente mais suaves na atuação. O conjunto mostra-se mais “nobre” do que o visto no March e no Versa, com baixo nível de ruído e mantendo o bom casamento com o motor 1.6 16V.

 
 
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Reconhecido pelo baixo peso, o Nissan Kicks tem essa característica aprimorada na versão manual. A novidade pesa bons 1.109 kg contra 1.136 kg que o Kicks pode atingir em sua versão topo de linha SL com o câmbio automático CVT. Graças a isso o Kicks consegue entregar um desempenho melhor em relação às versões CVT. Segundo testes da Nissan, o Kicks S manual precisa de 11 segundos para ir de 0 a 100 km/h, enquanto as opções automáticas levam 12 segundos na mesma prova. Ambos alcançam 175 km/h de velocidade máxima.

Outro ponto positivo é que mesmo aqueles que preferem optar pelo Kicks manual não terão o consumo de combustível sacrificado, uma vez que a caixa CVT ainda sai na frente nesse aspecto. De acordo com os padrões do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, o Kicks S manual é capaz de alcançar médias de 11,1 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina, valores que melhoram para 11,4 e 13,7 km/l, respectivamente, para as versões automáticas do Kicks.

Pelos R$ 70.500 cobrados no Kicks S manual de entrada o modelo traz um bom pacote de equipamentos, com airbags duplos frontais, ar-condicionado, alarme, fixadores traseiros para cadeiras de crianças (ISOFIX); cinto de segurança de três pontos para todos os cinco passageiros; freios ABS com EBD, rádio MP3 player com conector USB e Bluetooth, coluna de direção com ajustes de altura e profundidade, direção com assistência elétrica e comandos do telefone e rádio.

O que não agrada na versão de entrada do Kicks, contudo, é o aspecto de simplicidade que ela toma em especial se você sai da topo de linha SL e vai para o Kicks S manual. A ausência da tela digital no painel de instrumentos, do revestimento de couro no painel e nos bancos e os painéis das portas tomados por uma peça plástica inteiriça tornam a cabine do Kicks S um tanto quanto singela demais para um SUV compacto. O rádio, apesar de bom completo em suas funções, não traz o mesmo “status” de uma central multimídia. Ao menos os elementos prateados no painel ajudam a dar um pouco mais de alegria para a cabine.

Vale a pena a compra?

Se você não vê a hora de adquirir o sonhado SUV compacto e não se importa com o câmbio, priorizando muito mais o preço antes de tudo, o Nissan Kicks S manual é a melhor escolha que você pode fazer na faixa de R$ 70.000. A nova versão do Kicks, que agora é fabricado no Brasil, não faz a mínima questão de esconder que é uma configuração de entrada, porém compartilha com as demais versões do Kicks os principais atributos do carro mais vendido da Nissan no momento: o projeto bem racional e inteligente, com foco no baixo peso; o conjunto mecânico robusto e eficiente; o bom porta-malas e a dirigibilidade elogiável.

Em termos de volume, essa deverá ser a versão menos procurada do Kicks, cenário que ocorre também para os concorrentes em suas versões manuais, porém a Nissan conta com um bom representante nesse nicho da categoria. Na hora da revenda, seguramente um Kicks manual terá menos liquidez do que um automático, logo é bom estar atento para esse fato. De qualquer forma, dentro do segmento também contam a favor do Kicks o menor custo de revisões e peças de reparabilidade, bem como os dois anos de cobertura para panes. Logo, se a ideia é economizar na hora da compra para estacionar um SUV compacto na vaga de casa, vale a pena optar pelo Nissan Kicks S manual.

Ficha técnica

Nissan Kicks 2018 S 1.6 16V flex manual 4p
Preço R$ NaN (02/2021)
Categoria SUV compacto
Vendas acumuladas neste ano 36.444 unidades
Motor 4 cilindros, 1598 cm³
Potência 114 cv a 5600 rpm (gasolina)
Torque 15,5 kgfm a 4000 rpm
Dimensões Comprimento 4,295 m, largura 1,76 m, altura 1,59 m, entreeixos 2,61 m
Peso em ordem de marcha 1109 kg
Tanque de combustível 41 litros
Porta-malas 432 litros
Veja ficha completa

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