Teste: Honda WR-V EXL

Avaliamos o principal lançamento da Honda para este ano, que chega às lojas até o fim do mês
Honda WR-V 2018

Honda WR-V 2018 | Imagem: Divulgação

Depois de explorar bem seu principal lançamento para 2017, com a estreia no Salão de São Paulo ainda no fim de 2016 e uma apresentação estática realizada no mês passado, finalmente chegou a hora do AUTOO colocar as mãos no volante e acelerar o novo Honda WR-V . E já vamos logo dizendo que ele agradou! 

Por mais que a Honda queira vender a ideia de que se trata de um “novo carro” ou um “SUV compacto”, o WR-V nada mais é do que um Honda Fit com uma roupagem robusta e aventureira. Claro que foi um trabalho bem mais profundo e ampliado em relação ao extinto Fit Twist de 2012, já que a dianteira e a traseira do modelo são exclusivas e exigiu do pessoal da Honda uma revisão completa para o design dessas duas áreas específicas. 

De acordo com Luiz Kuramoto, líder geral do projeto do WR-V, que torna-se o primeiro modelo desenvolvido pela subsidiária brasileira da Honda, a ideia do WR-V nasceu justamente durante pesquisas realizadas ainda na época do lançamento do HR-V, o irmão maior do WR-V e atual líder do segmento de SUVs compactos. “As pessoas mostravam um grande interesse em um modelo com o estilo, visual e maior altura em relação ao solo dos SUVs, mas que ao mesmo tempo fosse menor do que o próprio HR-V, mais compacto e fácil de usar na cidade. Tudo isso sem abrir mão de espaço interno e com um bom porta-malas”, explica Kuramoto.

Com esses dados importantes em mãos, parece ter sido natural para a Honda estudar dentro de sua gama de produtos o que poderia ser feito para atender esse público. A resposta lógica veio em aproveitar o excelente e versátil Fit para construir esse produto inédito. Afinal, o Fit oferece um porta-malas superior ao de muitos SUVs compactos (como o Jeep Renegade, por exemplo), bem como amplo espaço interno e uma cabine versátil graças ao seu prático sistema de rebatimento dos bancos. 

Com um público cada vez mais exigente, a Honda constatou que não bastaria apenas “levantar” o Fit e coube à equipe de design debruçar-se sobre o Fit para pensar em formas de torná-lo mais robusto no visual, qualidade fundamental para o público adepto aos SUVs. A solução da Honda foi criar uma dianteira mais destacada para o modelo. Grande parte desse mérito começa no para-choque, que traz vincos fortes e abriga um acabamento central que faz as vezes de um reforço (estético) para a peça. Ao mesmo tempo que ajuda na sensação de robustez, o elemento cromado na grade dianteira une os dois faróis e dá um ar de sofisticação ao WR-V. Ainda na dianteira, vale destacar que o WR-V passa a contar com iluminação diurna de LED. 

 
 
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Na parte traseira, uma régua cromada logo acima da placa “conversa” com o elemento cromado na dianteira, enquanto as lanternas verticais do Fit foram remontadas, por assim dizer, para uma disposição mais horizontal, ajudando no objetivo de ampliar a sensação de largura do modelo. 

Nas laterais, a Honda optou por apenas colocar alguns apliques plásticos sobre as caixas de roda e parte inferior das portas, bem como arrematar o WR-V com o design de rodas exclusivo.

Esteticamente ficou bom? Dando uma volta ao redor do Honda WR-V fica claro que a mensagem que a marca queria incutir ao modelo foi alcançada e o resultado final é um carro equilibrado ao olhar, sem qualquer tipo de exagero. A adaptação da lanterna do Fit na parte traseira do WR-V soa como algo não natural ao novo modelo, porém ao menos o que restou do conjunto vertical do Fit está bem disfarçado. É bem possível que as linhas do WR-V não agradem a todos logo de cara, mas ele está longe de ser um carro inaceitável ao olhar.

No conjunto motor e câmbio nada muda em relação ao Fit. Está lá, logo abaixo do capô do WR-V, o bom e eficiente motor 1.5 16V com o sistema de abertura de válvulas variável i-VTEC. Ele entrega 116 cv de potência e 15,3 kgfm de torque. Com isso, o WR-V não é um foguete, mas dá conta de transportar uma família sem regatear. Trabalhando em conjunto com o câmbio automático CVT, a dupla também oferece ótimo consumo de combustível, com médias de 11,7 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada, ambas com gasolina. 

Mas o melhor mesmo do WR-V veio junto com a “receita aventureira”. A elevação da altura em relação ao solo de 14,5 cm do Fit para 20,7 cm no WR-V, bem como as maiores bitolas dianteira e traseira e o entre-eixos 25 mm maior em relação ao Fit devido ao reposicionamento de algumas partes da suspensão (a carroceria é igual à do monovolume) tornaram o WR-V um carro de rodar bem mais agradável em relação ao Fit.

Além de aumentar o campo de visão do motorista, que fica mais alto em relação ao Fit, a sensação é que os centímetros a mais longe do piso permite ao conjunto de molas e amortecedores trabalhar de forma mais relaxada. O WR-V passa por buracos, valetas e lombadas com mais facilidade do que o Fit, sem comprometer de forma alguma a dirigibilidade como foi possível verificar na estrada. Vale destacar também que o WR-V conta com uma suspensão mais robusta em relação ao Fit, recebendo itens como o eixo de torção traseiro herdado do HR-V e um subframe dianteiro mais reforçado. Tudo isso é feito para aumentar a valentia do modelo em trechos fora do asfalto, mas você acaba muito beneficiado (a) também na cidade, uma vez que, em nossas vias quase sempre com um pavimento longe do ideal, uma suspensão reforçada é sempre uma aliada.

Só que tudo isso tem um custo e, no caso do WR-V EXL como o avaliado pelo AUTOO, esse valor é bem alto. O modelo chega às concessionárias Honda no fim deste mês tabelado em R$ 83.400. Ao menos o conjunto do modelo é completo, com destaque para os 6 airbags e a presença da central multimídia com navegador e câmera de ré. Quem optar pelo WR-V na cor Vermelho Mercúrio leva o interior com o revestimento mesclando as cores laranja e preto, só que não existe opção de revestimento interno de couro para o modelo. Convenhamos que, por mais que o tecido seja original e de bom aspecto visual, os clientes de modelos na faixa de R$ 80.000 têm no revestimento de couro um item quase sempre muito importante. E também esqueça colocar o material como acessório posteriormente, já que o airbag lateral impede qualquer alteração nos bancos dianteiros.

A Honda é uma marca de muita reputação e que por si só exerce um grande poder de decisão sobre os clientes, mas se você olhar para o mercado encontrará um Nissan Kicks SV Limited por R$ 84.900. É algo a se pensar, não é mesmo? Além de ter nascido um SUV compacto, o Kicks SV Limited ainda conta com os controles de tração e estabilidade, ausentes no WR-V, e o controle dinâmico de chassi. Fora isso, o Kicks oferece um porta-malas bem maior (432 litros) e o mesmo nível de espaço interno.

Com exatos 4 metros de comprimento, o WR-V conta com exatos 29 cm a menos que o HR-V, portanto um modelo menor e mais prático para o dia a dia. A receita SUV o WR-V traz, que basicamente se resume à maior altura em relação ao solo, e o preço (alto) parece não ser proibitivo para o sucesso dos produtos da Honda por aqui, basta ver o sucesso do HR-V no segmento mesmo sendo bem mais caro que os rivais. A expectativa da Honda é vender por volta de 1.700 WR-V por mês.

Se achou o WR-V a sua cara e está decidido por ele, seguramente estará levando um bom carro para casa. Já se você está lendo este texto apenas a procura de mais informações e ainda não decidiu sua escolha, talvez seja interessante conhecer o Nissan Kicks SV Limited ou até o Chevrolet Tracker na sua versão LT. Duas excelentes opções de SUVs compactos que você encontra na faixa de R$ 80.000.

Ficha técnica

Honda WR-V 2018 EXL 1.5 16V flex automático 4p
Preço R$ 83.400 (10/2017)
Categoria SUV compacto
Vendas acumuladas neste ano 10.601 unidades
Motor 4 cilindros, 1497 cm³
Potência 115 cv a 6000 rpm (gasolina)
Torque 15,2 kgfm a 4800 rpm
Dimensões Comprimento 4 m, largura 1,734 m, altura 1,599 m, entreeixos 2,555 m
Peso em ordem de marcha 1130 kg
Tanque de combustível 45 litros
Porta-malas 363 litros
Veja ficha completa

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