Com Golf GTE e e-Golf, VW quer se destacar em eletromobilidade no Brasil

Novas opções do Golf chegam em 2018 para fortalecer a presença da VW em modelos com propulsão alternativa
Volkswagen e-Golf 2017

Volkswagen e-Golf 2017 | Imagem: Divulgação

Pegando todos de surpresa, o recém-empossado presidente da Volkswagen do Brasil, o argentino Pablo Di Si, fez uma declaração surpreendente: quando todos apostavam em um adeus do Golf por aqui devido às baixas vendas, a montadora anunciou que vai importar a partir de 2018 as variantes híbrida e elétrica do hatch médio, chamadas de GTE e e-Golf, respectivamente. Apenas para lembrar, o facelift das atuais versões do hatch médio já comercializadas no Brasil também ficará para o próximo ano.  

A ideia da Volkswagen, com isso, é se posicionar de uma forma mais agressiva no que diz respeito à eletromobilidade no Brasil, um campo que a Toyota e a Ford começaram a explorar há mais tempo no país com a importação do Prius e o Fusion Hybrid. “Não temos uma ideia de volume de vendas tanto do GTE como do e-Golf. Nossa meta, com as versões, é muito mais marcar um posicionamento da Volkswagen no que diz respeito à tecnologias limpas de propulsão no Brasil e, com isso, também colaborar para o desenvolvimento da infra-estrutura mais adequada que os modelos elétricos requerem”, explicou Pablo Di Si quando questionado pelo AUTOO.

A escolha das duas versões do Golf também chegam para atrair públicos distintos. O Golf GTE, como explica o presidente da Volkswagen do Brasil, será destinado a um consumidor que roda por distâncias maiores ou ainda não pensa em partir para um carro 100% elétrico.

Vale destacar que o Golf GTE oferece uma proposta bem singular, conciliando um conjunto híbrido para oferecer não só elevada economia de combustível como um desempenho mais animador. O híbrido plug-in combina o motor 1.4 TSI de 150 cv com outro propulsor elétrico de 102 cv, sendo que a potência combinada do conjunto é de 204 cv. Com as baterias carregadas, o Golf GTE consegue rodar por cerca de 50 km em modo somente elétrico e registra um consumo médio de até 62,5 km/l de acordo com o padrão europeu de medição.

Uma das tecnologias do Golf GTE para potencializar a economia de combustível vai para uma avançada “estratégia híbrida”, como classifica a Volkswagen. Se o modelo é equipado com o navegador, o sistema de gerenciamento do carro analisa a rota que será feita, verifica as condições da topografia do terreno e leva em conta se o deslocamento do carro vai passar por rodovias ou áreas urbanas, com isso gerenciando o uso do motor a combustão ou elétrico.

Já o elétrico e-Golf em sua segunda geração agora conta com um motor de 136 cv e um excelente torque de 29,5 kgfm. Sem deixar de lado o desempenho, o e-Golf 2017 acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos de acordo com a Volkswagen, sendo que a velocidade máxima é limitada em 150 km/h. Por aqui, contudo, o modelo ainda deverá enfrentar alguns obstáculos como a falta de carregadores públicos para “abastecer” o modelo. Considerando que o Rota 2030, novo regime automotivo brasileiro que passará a valer a partir de janeiro, adote uma nova tributação para automóveis mais eficientes e menos poluidores, vamos torcer para que o preço do e-Golf por aqui não se torne muito elevado.

Levando em consideração as novas regras que o Rota 2030 vai inaugurar no mercado, ainda é cedo para falar em preços dos novos Golf por aqui. O presidente da Volkswagen não informou uma previsão de data para o lançamento dos modelos por aqui, apenas que o Golf híbrido e o elétrico chegarão ao mercado ao longo de 2018.

O anúncio chega em um momento interessante, uma vez que a diretoria mundial do grupo Volkswagen prepara um maciço investimento de 70 bilhões de euros para que a empresa lidere a corrida entre as fabricantes para se firmar como a montadora líder em veículos com propulsão elétrica. Só até 2030, cerca de 30 bilhões de euros já deverão ser consumidos para desenvolver mais de 80 novos modelos elétricos para o conglomerado até 2025 e também atualizar unidades de produção ao redor do globo.

T-Cross para 2018

Durante a apresentação mundial do Virtus, o presidente da Volkswagen do Brasil também revelou que o terceiro integrante da nova família de compactos da marca será lançado no segundo semestre de 2018. Trata-se do T-Cross, modelo que marca a entrada da Volkswagen no segmento de SUVs compactos como Honda HR-V, Jeep Renegade, Hyundai Creta e cia. Além dele, a fabricante também prepara uma picape compacta-média, nos moldes de Fiat Toro e Renault Duster Oroch, que chegará ao mercado provavelmente só em 2019.

Além do Virtus, no primeiro trimestre de 2018 a Volkswagen prepara o lançamento da nova geração do Tiguan por aqui. O SUV médio chegará ao país em sua versão com entre-eixos alongado e 7 lugares.

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