A bordo de um JAC com quase 100 mil km

Para mostrar que confia em seus modelos, a chinesa ofereceu para avaliação um modelo seminovo; confira o resultado

JAC J3 Turin (usado) | Imagem: César Tizo

Como uma estratégia de marketing para mostrar a confiança que deposita em seus produtos, os responsáveis pela chinesa JAC Motors no Brasil convidaram a imprensa especializada para uma avaliação bem peculiar: ficar por uma semana com um carro usado da fabricante, adquirido diretamente de um cliente. A experiência, com certeza, foi tão singular quanto inusitada, uma vez que raramente algum marca já esboçou a intenção de realizar algo do tipo.

E lá foi o AUTOO retirar o modelo escolhido para o teste. No nosso caso, recebemos um J3 Turin com cerca de dois anos de uso e o hodômetro perto de alcançar 90.000 km rodados, o que já nos permite depreender que o sedã foi usado amplamente em estradas.

 
 
JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
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JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
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JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
JAC J3 Turin (usado) JAC J3 Turin (usado)
 
 

Segundo a JAC, apenas a manutenção de praxe foi realizada, com a devida substituição dos itens necessários devido ao desgaste natural.

Em uma análise externa, notamos apenas um certo aspecto de um veículo com longo tempo de uso, como alguns lascadinhos na pintura do para-choque. Fora isso, o estado geral do carro estava bom, incluindo a montagem da carroceria, sem folgas aparentes ou peças de acabamento se desprendendo. A única ressalva vai para a estrutura da tampa do porta-malas, que não permanecia aberta no ângulo correto. Talvez com um ajuste no sistema o problema fosse sanado.

Estalo misterioso

Já na chave notamos o primeiro problema: o desgaste estava bem acentuado para um carro com apenas dois anos de uso. A própria parte metálica também estava um pouco solta, o que não nos causou uma boa impressão. A peça como um todo carece de mais qualidade nos materiais.

Entrando no carro, a única alteração realizada pela antiga proprietária foi a colocação do revestimento de couro nos bancos, que estava em bom estado. Na cabine, apenas alguns problemas pontuais chamaram a atenção. O acendedor de cigarro, por exemplo, não estava funcionando (o que poderia ser apenas um fusível queimado). O habitáculo também não estava com um odor muito agradável. Fora isso, os plásticos não apresentam sinais de desgaste acentuado, assim como a forração do teto. Também não ouvimos muitos ruídos que pudessem sugerir algum problema na montagem de peças.

O principal problema a bordo de “nosso” JAC ocorreu mesmo quando acionamos a ignição e saímos para rodar com ele por ruas, avenidas e estradas.

Em marchas mais baixas, em especial na hora de acelerar em uma parada de semáforo, por exemplo, era frequente um ruído proveniente do câmbio como se fosse um estalo. Mesmo assim, não notamos nenhum problema para engatar as marchas, porém, o barulho não era nada agradável e parecia que o carro poderia nos deixar na mão a qualquer momento.

Outra situação bem desagradável ocorria em velocidades acima de 100 km/h, quando o carro começava a vibrar por inteiro, o que era sentido no volante e até mesmo no pé esquerdo apoiado no piso do carro. Ficou difícil constatar a origem do problema, no entanto, ele era bem mais intenso do que alguma imperfeição nas rodas de liga leve pudessem ocasionar.

Se fica devendo no que diz respeito a desempenho, ao menos o J3 Turin avaliado pelo AUTOO foi bem econômico utilizando somente gasolina. A suspensão não mostrava sinais de desgate nos amortecedores, assim como o sistema de direção, apesar das respostas lentas, não emitiu ruídos ou apresentou alguma falha aparente.

Conclusão

O resultado final da experiência? O lado positivo foi constatar que a fama de carro frágil dos modelos chineses não se confirmou no J3 Turin. Rodar quase 100 mil km e manter uma aparência aceitável é uma virtude para qualquer automóvel. Já o lado ruim é em certo ponto o mesmo de outros carros chineses, seja com pouca ou muita rodagem: excesso de barulhos e uma evidente falta de esmero na montagem. Talvez com um pouco mais de cuidado e capricho, sobretudo em componentes expostos aos proprietários, a imagem do carro chinês pode mudar para melhor.

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